Esporte

Tenistas não serão prejudicadas no ranking durante pausa para tratamento de fertilidade

A Associação de Tênis Feminino (WTA) anunciou nesta quarta-feira (11) uma nova política que permitirá que atletas que decidirem realizar tratamentos de fertilidade — como congelamento de óvulos ou embriões — possam se afastar do circuito profissional sem perder sua posição no ranking.

A medida é mais um passo da entidade no sentido de equilibrar os compromissos profissionais com os objetivos pessoais e familiares das tenistas. Há três meses, a WTA também instituiu uma licença-maternidade remunerada de até um ano.

Ranking protegido em casos de afastamento

De acordo com o comunicado oficial, as atletas que se afastarem por motivos ligados à fertilidade terão direito a um mecanismo chamado Special Entry Ranking (SER), que considera a média de 12 semanas no ranking, calculada a partir de oito semanas antes da pausa.

O ranking especial poderá ser usado para inscrição em até três torneios quando a atleta retornar às competições, facilitando sua reintegração ao circuito profissional.

Apoio das atletas e incentivo financeiro

A tenista Sloane Stephens, campeã do US Open em 2017, foi uma das vozes que defenderam publicamente a inclusão de tratamentos de fertilidade na política de ranking protegido. Com a nova regra, Stephens elogiou a iniciativa:

“Estou extremamente orgulhosa do nosso esporte por reconhecer a importância dos tratamentos de fertilidade para atletas”, declarou. “Para qualquer mulher, conciliar vida familiar e carreira é uma questão complexa e cheia de nuances.”

Além da proteção no ranking, a WTA também informou que as jogadoras poderão contar com auxílio financeiro para custear tratamentos de fertilidade. O apoio virá por meio do WTA Maternity Fund, que conta com patrocínio do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita.

Conclusão

Com essa nova diretriz, a WTA amplia o apoio às atletas que desejam investir na maternidade ou preservar sua fertilidade, sem que isso represente um obstáculo à continuidade de suas carreiras. A iniciativa representa um avanço nas políticas de bem-estar e inclusão no esporte de alto rendimento, refletindo mudanças nas prioridades e nas necessidades das atletas da atualidade.

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