Marinho critica alternativa ao IOF e diz que Haddad desconsidera falhas na gestão financeira
O senador Rogério Marinho, líder da oposição no Senado Federal, fez duras críticas à condução econômica do governo Lula, com foco especial no trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em entrevista à CNN Brasil, Marinho acusou o ministro de negligenciar responsabilidades atuais ao focar excessivamente em justificativas baseadas no passado.
Aumento do IOF gera polêmica
Entre os principais alvos das críticas está a tentativa do governo de aumentar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), medida que depois foi substituída por outras propostas. Marinho afirmou que a proposta descaracterizava o IOF como um instrumento de regulação para transformá-lo em mecanismo de arrecadação, o que, segundo ele, contraria práticas internacionais de boa governança fiscal.
Questionamentos sobre o orçamento de 2025
O senador também chamou atenção para o que considera inconsistências graves nas projeções orçamentárias da equipe econômica. Ele citou a mudança do cenário fiscal de um superávit previsto de R$ 15 bilhões para um déficit estimado de R$ 60 bilhões em 2025 — podendo, segundo suas palavras, chegar até R$ 100 bilhões.
Além disso, Marinho apontou a ausência de clareza no planejamento das despesas futuras, mencionando, por exemplo, o impacto de reajustes salariais que, de acordo com ele, devem representar um custo de R$ 80 bilhões em três anos.
“Mais do mesmo”, diz senador sobre medidas do governo
Marinho acusou o governo de adotar soluções que não enfrentam a raiz dos problemas fiscais do país. Para ele, em vez de priorizar cortes de gastos e reformas estruturais, o Executivo segue insistindo em elevar tributos. “Ele está trocando taxa por taxa, ou seja, mais do mesmo”, declarou o senador, ao criticar o pacote econômico apresentado pela equipe de Haddad.
Conclusão
As declarações de Rogério Marinho indicam uma postura firme da oposição frente às medidas fiscais propostas pelo governo. As críticas apontam para um possível embate no Congresso Nacional nos próximos meses, à medida que temas como o orçamento de 2025, reforma tributária e medidas de arrecadação entram na pauta. Para a oposição, o atual modelo adotado pela equipe econômica está longe de oferecer uma resposta estrutural aos desafios fiscais do país.