Economia

Haddad e líderes partidários se reúnem em busca de alternativa ao IOF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu neste domingo (8), na residência oficial da Câmara, com os presidentes da Câmara (Hugo Motta) e do Senado (Davi Alcolumbre), além de líderes da base aliada, para discutir alternativas ao aumento do IOF. A reunião foi motivada por uma pressão crescente do Congresso, que ameaça derrubar o decreto de aumento caso soluções eficazes não sejam apresentadas até o dia 10 de junho.


O que está em pauta

  • Fontes de compensação
    Estão sendo avaliadas propostas como:
    • Revisão de benefícios fiscais (isenções tributárias)
    • Leilão de excedentes de petróleo
    • Tributação sobre criptoativos e apostas online
    • Uso de dividendos de estatais (BNDES, Banco do Brasil)
    • Ajustes no Fundeb e no BPC
  • Formatos alternativos
    O governo pretende apresentar um pacote envolvendo projetos de lei, PEC e, possivelmente, medida provisória, para substituir o aumento do IOF por medidas de efeito mais estruturado.
  • Pressão do Legislativo
    Líderes como Motta e Alcolumbre deram prazo até o dia 10 para que o governo apresente alternativas. Caso contrário, pretendem pautar um projeto para anular o decreto.

Por que isso importa

O IOF foi elevado para ajudar nas metas fiscais do ano, mas encontrou forte resistência no Congresso e nos mercados. A equipe econômica entende que o debate precisa ir além de medidas temporárias: busca uma reforma mais sólida na tributação financeira, evitando decisões pontuais que gerem novos conflitos.


Próximos passos

  • O governo deve finalizar os detalhes do pacote até a segunda-feira (9), visando apresentar formalmente ao Congresso na terça-feira (10).
  • O Congresso decidirá se aprova as alternativas ou segue com a proposta de derrubada do decreto.
  • Uma solução negociada evitaria instabilidade nos mercados e impasses institucionais.

Essa movimentação marca um momento decisivo da relação entre Executivo e Legislativo na agenda fiscal, em especial no primeiro ano de governo, em que o equilíbrio orçamentário é prioridade.

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