Politica

Comando de Lupi marca nova fase no PDT, que apoia CPMI do INSS mirando irregularidades da era Bolsonaro

Na retomada da presidência do PDT por Carlos Lupi, o partido anunciou seu apoio à criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão marca um novo momento político da legenda, agora com foco mais incisivo na fiscalização de políticas públicas e na responsabilização por possíveis desvios e negligências no sistema previdenciário brasileiro.

O retorno de Lupi ao comando do partido acontece em um momento de rearticulação interna, com debates sobre o papel do PDT no atual governo federal e sua linha de atuação no Congresso. A decisão de apoiar a CPMI foi interpretada como um movimento estratégico, que pretende reposicionar o partido como protagonista nas discussões sobre direitos sociais e o funcionamento do Estado.

Embora a comissão tenha sido proposta com o intuito de apurar falhas no atendimento e nos pagamentos de benefícios do INSS, integrantes do PDT sinalizaram que as investigações devem lançar luz principalmente sobre a gestão do órgão durante o governo anterior. A legenda quer entender como decisões administrativas tomadas nos últimos anos impactaram a fila de espera por aposentadorias, auxílios e outros benefícios previdenciários.

“O que queremos é garantir que os brasileiros não sejam mais penalizados pela má gestão da previdência. Se houve negligência ou desmonte intencional, isso precisa ser revelado”, disse um dirigente pedetista durante reunião da executiva nacional.

O apoio à CPMI também faz parte de uma tentativa de aproximação com movimentos sociais e servidores públicos, setores que tradicionalmente integram a base de apoio do PDT. Ao levantar a bandeira da justiça social e da eficiência na gestão pública, o partido reforça sua identidade histórica de defesa do trabalhismo e dos direitos da população mais vulnerável.

Nos bastidores, a volta de Lupi ao comando do PDT também tem gerado debates sobre a relação do partido com o governo Lula. Apesar de manter ministérios e espaços importantes na estrutura federal, o partido sinaliza que deseja ter uma postura mais crítica e independente, apoiando iniciativas do governo, mas sem abrir mão de fiscalizar e cobrar coerência com os princípios democráticos.

A expectativa é que os próximos meses sejam de forte movimentação política dentro da legenda, com reorganização de alianças regionais e definição de estratégias para as eleições municipais de 2026. A atuação na CPMI do INSS poderá servir como vitrine para parlamentares pedetistas e como teste da nova fase do partido sob a liderança de Carlos Lupi.

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