Dívida do Corinthians: Presidente Augusto Melo nega responsabilidade e aponta desafios financeiros
A gestão de Augusto Melo à frente do Corinthians tem sido marcada por desafios financeiros significativos. Em meio a uma crise econômica que afeta o clube, o presidente se posicionou de forma contundente, afirmando que não assumirá a responsabilidade pelas dívidas acumuladas e destacando as dificuldades enfrentadas pela atual administração.
Aumento da dívida durante a gestão de Melo
Desde que assumiu a presidência em janeiro de 2024, a dívida do Corinthians registrou um aumento substancial. Entre janeiro e outubro de 2024, o endividamento do clube cresceu em R$ 300 milhões, com um aumento de R$ 180 milhões apenas no primeiro semestre do ano. Esse crescimento é atribuído a elevados custos operacionais e administrativos, que somam R$ 640 milhões anuais, além de dívidas com fornecedores e jogadores .
Plano de pagamento proposto
Em resposta à situação financeira, a gestão de Melo apresentou um plano para quitar parte da dívida, estimada em R$ 367 milhões, ao longo dos próximos dez anos. O plano prevê destinar 4% das receitas recorrentes do clube, como direitos de TV e patrocínios, para o pagamento mensal aos credores. Além disso, 5% das receitas provenientes de transferências de jogadores seriam direcionadas para leilões reversos, onde os credores oferecem descontos para receberem seus créditos .
Críticas à gestão e oposição interna
A atual administração tem enfrentado críticas internas e externas. Conselheiros do clube questionam a condução financeira e administrativa da gestão de Melo, com alguns sugerindo que a dívida crescente é resultado de decisões equivocadas. Além disso, há discussões sobre a possibilidade de transformação do Corinthians em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o que poderia atrair investimentos privados, mas também levantaria questões sobre a perda de controle por parte dos sócios.
Desafios futuros
O Corinthians enfrenta um cenário desafiador, com a necessidade de equilibrar as finanças, manter a competitividade no futebol e atender às expectativas da torcida. A gestão de Augusto Melo terá que lidar com a pressão por resultados positivos dentro e fora de campo, buscando soluções que garantam a sustentabilidade financeira e o sucesso esportivo do clube.