Governo descarta ampliar valores do Bolsa Família, afirma Haddad
Em meio às discussões recorrentes sobre políticas de assistência social, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se pronunciou recentemente para dissipar rumores a respeito de um possível reajuste nos valores pagos pelo programa Bolsa Família. Segundo o ministro, não há planos no momento para ampliar os repasses mensais do benefício.
A declaração foi feita em resposta a especulações surgidas após uma série de debates públicos e políticos que envolvem o orçamento federal e a busca por maior equilíbrio fiscal. Haddad reiterou que, apesar da importância do programa de transferência de renda para milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade, o governo federal tem trabalhado dentro de limites orçamentários bem definidos e não cogita, neste momento, realizar um novo aumento nos valores pagos aos beneficiários.
Atualmente, o Bolsa Família garante um valor mínimo de R$ 600 por família, com adicionais para crianças, adolescentes, gestantes e lactantes. Desde a reformulação do programa, no início do atual governo, os pagamentos seguem critérios mais rígidos de elegibilidade e fiscalização, com foco na eficiência dos recursos públicos.
Haddad explicou que, embora o combate à pobreza siga como prioridade da gestão, a ampliação do valor do benefício precisa ser avaliada com responsabilidade fiscal. De acordo com ele, a equipe econômica acompanha de perto os impactos do programa nas contas públicas e mantém constante diálogo com outros ministérios, especialmente o do Desenvolvimento e Assistência Social, para garantir que o auxílio continue sendo pago de forma regular e eficaz, sem comprometer o equilíbrio das finanças nacionais.
Ainda segundo o ministro, os esforços atuais da equipe econômica estão concentrados na consolidação do novo arcabouço fiscal, que substitui o antigo teto de gastos, e na melhoria da arrecadação por meio de reformas estruturais, como a tributária. Essas medidas, segundo Haddad, são fundamentais para abrir espaço futuro no orçamento, inclusive para investimentos sociais mais robustos.
A negativa sobre o aumento do benefício ocorre num momento de atenção redobrada à questão fiscal do país, com metas estabelecidas para a redução do déficit primário. O governo tem afirmado que pretende cumprir suas obrigações sociais sem abrir mão da responsabilidade com as contas públicas.
Embora o tema do reajuste no Bolsa Família seja recorrente em discussões políticas e sociais, especialmente diante de crises econômicas ou momentos de inflação elevada, o governo federal, por meio do Ministério da Fazenda, foi claro ao indicar que, neste momento, não há previsão para novos aumentos.
A posição reafirma o compromisso com a estabilidade macroeconômica, ao mesmo tempo em que preserva os pilares do programa de transferência de renda, que continua sendo uma das principais ferramentas de combate à desigualdade social no país.