Gleisi trabalha para reduzir o respaldo à criação da CPMI do INSS
Sob a ameaça de enfrentar uma investigação no Congresso sobre fraudes no INSS, o Palácio do Planalto se mobiliza para impedir que a oposição avance na criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). A ministra Gleisi Hoffmann (PT), juntamente com líderes da base aliada, tem trabalhado para convencer parlamentares a retirarem suas assinaturas do requerimento que solicita a abertura da comissão.
Preocupações com a agenda legislativa e apoio parlamentar
A ministra Gleisi tem se mostrado preocupada com os impactos de uma CPMI no andamento das pautas governamentais no Congresso. Para justificar seus esforços de esvaziar o apoio à comissão, Gleisi tem citado projetos importantes para o governo, como a isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até cinco mil reais, além da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança. Contudo, fontes apontam que o movimento enfrenta resistência, e as tentativas do governo não têm tido total sucesso.
O papel de Davi Alcolumbre e as expectativas do Planalto
Dentro do Palácio do Planalto, governistas têm confiado na boa relação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), como um argumento para barrar o avanço da CPMI. A expectativa é de que ambos discutam a questão antes de retornarem ao Brasil, o que pode ser um fator decisivo para desacelerar as movimentações da oposição.
Defesa do governo diante das acusações
Além da articulação política no Congresso, o governo Lula também busca se defender das acusações de negligência em relação às fraudes no INSS. O argumento central da administração é que o atual governo foi o responsável por revelar a existência do esquema, que teria começado ainda durante o governo de Jair Bolsonaro. A estratégia do Planalto é reagir à oposição, que tenta associar a fraude à gestão atual, ao mesmo tempo em que procura tranquilizar a população afirmando que o dinheiro desviado será restituído às vítimas.
Conclusão
Apesar da pressão da oposição para abrir uma CPMI sobre as fraudes no INSS, o governo Lula segue tentando neutralizar o movimento, tanto na articulação política quanto na defesa pública sobre o caso. Com uma agenda legislativa a ser preservada e a expectativa de apoio de aliados chave no Senado, o Planalto ainda acredita que poderá evitar o avanço da investigação, ao mesmo tempo em que trabalha para acalmar a opinião pública sobre o destino dos recursos desviados. O cenário, no entanto, permanece instável, e o desfecho dessa disputa política ainda está por se desenrolar.