Economia

Pedidos de ajuda e oportunidades: empresas lidam com tarifaço de Trump

As tarifas comerciais impostas durante o governo Donald Trump continuam gerando impactos significativos no mercado global — e empresas de diversos setores, tanto nos Estados Unidos quanto no exterior, estão adotando estratégias distintas para lidar com o chamado “tarifaço”. Entre pedidos de ajuda ao governo e identificação de novas oportunidades, o setor privado busca maneiras de se adaptar ao cenário protecionista.

Durante sua gestão, Trump implementou uma série de tarifas sobre produtos estrangeiros, principalmente vindos da China, mas que acabaram afetando também parceiros comerciais como Brasil, União Europeia e Canadá. O objetivo declarado era proteger a indústria norte-americana e reduzir o déficit comercial, mas o resultado gerou uma onda de incertezas e reajustes em cadeias produtivas ao redor do mundo.

Nos EUA, empresas que dependem de insumos importados — como as dos setores de tecnologia, automotivo e varejo — recorreram ao governo para solicitar isenções tarifárias ou subsídios. Algumas, como fabricantes de eletrodomésticos e autopeças, alertaram que os custos adicionais seriam repassados aos consumidores, pressionando os preços internos.

No Brasil, o impacto foi sentido especialmente nos setores de aço e alumínio, que passaram a enfrentar tarifas adicionais para exportar aos EUA. Em resposta, companhias brasileiras buscaram novos mercados ou redirecionaram sua produção para atender à demanda doméstica. Ao mesmo tempo, algumas empresas enxergaram uma janela de oportunidade: com os EUA buscando fornecedores alternativos fora da China, produtores brasileiros de itens como alimentos, produtos químicos e têxteis passaram a disputar espaço no mercado americano.

Especialistas em comércio exterior apontam que, embora as medidas tenham beneficiado pontualmente certos segmentos dos EUA, os efeitos colaterais — como aumento de custos, retaliações de parceiros e instabilidade global — foram significativos. Agora, com a eleição se aproximando e Trump cogitando uma nova candidatura, o futuro das tarifas volta a ser uma questão central no debate econômico americano.

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