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EUA classificam as multas da União Europeia contra Apple e Meta como “extorsão econômica”

As recentes multas aplicadas pela União Europeia à Apple e à Meta geraram forte reação por parte dos Estados Unidos. Nesta quarta-feira (24), a Casa Branca classificou as sanções como uma “nova forma de extorsão econômica” e afirmou que o país não aceitará esse tipo de prática. A declaração intensifica o clima de tensão comercial entre Washington e Bruxelas.

As penalidades foram impostas como parte da aplicação da nova Lei dos Mercados Digitais (DMA, na sigla em inglês), que visa conter o domínio de grandes empresas de tecnologia no mercado europeu. A Apple foi multada em 500 milhões de euros e a Meta, em 200 milhões de euros.

Legislação europeia sob críticas dos EUA

As multas são resultado de um ano de investigações conduzidas pela Comissão Europeia, o braço executivo da UE, que avaliou o grau de conformidade das gigantes da tecnologia com as regras estabelecidas pela nova legislação. A DMA tem como objetivo central ampliar a concorrência, permitindo que empresas menores consigam competir com as chamadas “big techs”.

Em resposta, a Casa Branca alegou que a legislação é discriminatória e direcionada exclusivamente a companhias dos Estados Unidos. Um porta-voz do governo norte-americano declarou que “regulações extraterritoriais que visam e prejudicam especificamente empresas americanas, sufocam a inovação e permitem a censura serão reconhecidas como barreiras ao comércio e uma ameaça direta à sociedade civil livre.”

Pressão de Trump e risco de retaliação

O presidente Donald Trump também tem acompanhado de perto o desenrolar da disputa. Ele já havia sinalizado, anteriormente, a possibilidade de impor tarifas contra países que aplicarem sanções às empresas dos EUA. Com a declaração oficial da Casa Branca, cresce a possibilidade de medidas de retaliação em resposta às ações da União Europeia.

Conclusão

A aplicação das primeiras multas com base na Lei dos Mercados Digitais marca um novo capítulo na regulação do setor de tecnologia na Europa. No entanto, a resposta imediata dos Estados Unidos demonstra que a tensão entre as duas potências pode ir além das disputas comerciais, envolvendo também questões de soberania regulatória e liberdade de mercado. O desdobramento desse impasse deve influenciar tanto o ambiente global de negócios quanto as relações diplomáticas entre EUA e UE nos próximos meses.

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