Como é a tecnologia a laser rejeitada por Musk que já equipa carros no Brasil
A tecnologia de sensores a laser, conhecida como LiDAR (Light Detection and Ranging), é considerada um dos pilares mais promissores para a condução autônoma. No entanto, apesar do prestígio no setor, ela foi publicamente rejeitada por Elon Musk, CEO da Tesla. Enquanto isso, marcas como Volvo, Audi e BYD já adotam o sistema em modelos que circulam no Brasil.
O que é o LiDAR?
O LiDAR funciona emitindo feixes de laser invisíveis que “varrem” o ambiente ao redor do veículo. Esses feixes batem nos objetos e retornam ao sensor, permitindo que o sistema crie um mapa tridimensional detalhado em tempo real. Assim, o carro “enxerga” obstáculos, pedestres, faixas e até pequenos objetos com alta precisão, mesmo em condições de baixa visibilidade.
Por que Musk rejeita?
Elon Musk é um defensor ferrenho do uso exclusivo de câmeras e inteligência artificial para a condução autônoma. Para ele, o LiDAR é caro, complexo e desnecessário. “Qualquer um que confia no LiDAR está condenado”, chegou a declarar. A Tesla, por isso, aposta na visão computacional e na evolução dos algoritmos para tornar os carros 100% autônomos usando apenas câmeras e radares.
Quem usa LiDAR no Brasil?
Enquanto a Tesla segue seu próprio caminho, outras montadoras apostam no LiDAR como parte do pacote de segurança e condução assistida. Exemplos:
- Volvo EX90: SUV elétrico topo de linha da marca sueca, já confirmado para o Brasil, com sistema LiDAR da Luminar.
- BYD Han EV: sedã elétrico chinês vendido no país com versão que oferece recursos autônomos e sensores a laser.
- Audi A8: modelo de luxo com sensores LiDAR integrados ao sistema de assistência de condução.
Vale a pena?
Para quem busca mais segurança e tecnologia de ponta, o LiDAR tem vantagens evidentes — especialmente em ambientes urbanos complexos. No entanto, o custo ainda é elevado, o que restringe sua presença a modelos premium. No futuro, espera-se que os preços baixem com o avanço da produção em escala e com o crescimento da demanda por sistemas de direção autônoma mais precisos.
Conclusão
Enquanto Musk aposta tudo em inteligência artificial e câmeras, o mercado caminha para uma solução mista, com LiDAR, câmeras e radares trabalhando em conjunto. A tecnologia rejeitada por ele já está presente no Brasil — e promete ganhar mais espaço à medida que a direção autônoma evolui.