Preços dos alimentos sobem em resposta ao aumento de 0,56% na inflação
Com o aumento nos preços da batata-inglesa (19,09%), do feijão carioca (13,79%), do arroz (5,81%) e das frutas (3,37%), a alimentação no domicílio subiu 1,34%, diz IBGE
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma inflação de 0,56% em dezembro de 2023, culminando em um acumulado anual de 4,62%. Esses números, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (11), indicam que a inflação anual se manteve dentro do intervalo de meta estipulado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que variava entre 1,75% e 4,75%.
Em detalhe, todos os nove grupos de produtos e serviços avaliados mostraram aumento no último mês do ano. O segmento de alimentação e bebidas apresentou a maior alta com 1,11%, influenciando significativamente o índice geral. Produtos como batata-inglesa e feijão-carioca tiveram aumentos consideráveis, enquanto o preço do leite longa vida continuou em queda.
O gerente do IPCA, André Almeida, atribuiu as variações de preço dos alimentos, especialmente os in natura, às mudanças climáticas, incluindo aumento da temperatura e maior incidência de chuvas. Além disso, fatores como clima desfavorável e aumento nos custos de fertilizantes influenciaram o preço de itens como arroz e feijão.
O setor de transportes também teve relevante impacto na inflação, com destaque para o aumento nas tarifas de passagens aéreas. Em contrapartida, houve uma deflação nos preços dos combustíveis, com quedas nos valores do óleo diesel, etanol, gasolina e gás veicular.
No segmento de habitação, observou-se uma desaceleração em dezembro em comparação com o mês anterior, com altas em itens como energia elétrica residencial e gás encanado. Outros grupos, como artigos de residência, vestuário, despesas pessoais, saúde e cuidados pessoais, educação e comunicação, também apresentaram variações em seus índices.
Paralelamente, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve uma elevação de 0,55% em dezembro, acumulando um aumento de 3,71% no ano. Este resultado, inferior ao registrado no ano anterior, reflete principalmente o maior peso dos alimentos na cesta de consumo do INPC.