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Advogados de ex-secretário destacam atuação técnica e rejeitam acusação de omissão nos atos de 8 de janeiro

A defesa de Fernando de Sousa Oliveira, ex-secretário-adjunto de Segurança Pública do Distrito Federal, negou qualquer omissão por parte do ex-servidor durante os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Em nota, o advogado Danilo David Ribeiro enfatizou o caráter técnico do cliente, apontando que Oliveira não possui envolvimento político ou filiação partidária.

“Fernando Oliveira não tem vínculo político. Sempre manteve postura discreta e foi o único, entre os denunciados, a se apresentar voluntariamente à polícia no primeiro dia, entregando seu celular com todas as mensagens intactas”, afirmou Ribeiro.

Denúncia atinge ex-integrantes do governo Bolsonaro


Fernando Oliveira está entre os nomes listados pela Procuradoria-Geral da República no chamado “núcleo 2” da investigação sobre os ataques às sedes dos Três Poderes. Além dele, foram denunciados:

  • Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF;
  • Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro;
  • Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça e delegada da PF;
  • Mario Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência;
  • Filipe Martins, ex-assessor especial da Presidência.

Acusações incluem tentativa de golpe e dano ao patrimônio


A PGR acusa os denunciados por uma série de crimes relacionados aos eventos de 8 de janeiro, entre eles:

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Tentativa de golpe de Estado;
  • Dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado;
  • Participação em organização criminosa armada.

Caso está sob análise da Primeira Turma do STF


A denúncia contra Fernando Oliveira e os demais investigados será analisada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux.

Conclusão


A estratégia de defesa de Fernando Oliveira busca dissociá-lo de qualquer atuação política ou conivência com os ataques de 8 de janeiro, apoiando-se em sua postura técnica e cooperativa com as investigações. Agora, caberá à Primeira Turma do STF avaliar as denúncias e decidir sobre o prosseguimento das ações penais contra os acusados.

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