Lula rejeita alternativa para o comando do Ministério das Comunicações
Após a saída de Juscelino Filho do Ministério das Comunicações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rejeitou uma indicação do União Brasil para ocupar a vaga. O nome do deputado Moses Rodrigues chegou a ser cogitado como alternativa, mas foi vetado pelo presidente.
Motivo do veto
Segundo fontes próximas ao governo, Lula teria recusado o nome de Moses Rodrigues por ele ter assinado o pedido de urgência da proposta que busca conceder anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A movimentação foi considerada incompatível com a postura esperada de um ministro em meio à sensibilidade do tema.
Pedro Lucas segue como favorito
Com a negativa a Moses Rodrigues, as atenções voltam-se para o deputado Pedro Lucas, líder do União Brasil na Câmara. Seu nome continua sendo o mais cotado para assumir o comando da pasta, com expectativa de definição após o feriado da Páscoa.
Resistência e disputas internas
Apesar da sinalização favorável do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), à permanência de Juscelino Filho, a possibilidade enfrenta resistência dentro do próprio partido e do governo. O impasse revela o clima de incerteza e tensão política em torno da nomeação.
Anúncio precipitado
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), teria se adiantado ao anunciar a possível indicação de Pedro Lucas. Nos bastidores, integrantes do governo avaliam que a divulgação foi precipitada. Gleisi, no entanto, afirma que o anúncio foi fruto de um entendimento direto com o presidente Lula.
Pedido de tempo e reação no Planalto
Pedro Lucas solicitou um prazo ao Planalto para tratar de questões pessoais relacionadas à liderança do União Brasil na Câmara. Em resposta, Lula teria comentado que o parlamentar foi “muito corajoso” ao dar esse tipo de justificativa diante da situação.
Conclusão
A disputa pela chefia do Ministério das Comunicações continua aberta, marcada por vetos, articulações internas e embates dentro do União Brasil. A recusa de Lula ao nome de Moses Rodrigues e a indefinição sobre Pedro Lucas mostram que a escolha final exigirá equilíbrio político e alinhamento com os interesses do governo federal.