As exportações da China registraram um aumento de 12,4% em março, impulsionadas pelas tarifas impostas por Trump
As exportações chinesas cresceram 12,4% em março em comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme divulgado pelo órgão alfandegário da China nesta segunda-feira (14). O avanço expressivo superou com folga o aumento de 2,3% registrado no primeiro bimestre de 2025, surpreendendo o mercado financeiro.
Segundo analistas, esse desempenho fora do padrão pode estar ligado à antecipação de embarques antes da entrada em vigor de novas tarifas impostas pelos Estados Unidos. A expectativa do mercado, medida por uma pesquisa do The Wall Street Journal, era de um crescimento de apenas 4,4% para o mês — menos da metade do resultado efetivo.
Importações ainda em queda
Por outro lado, as importações apresentaram retração em março. Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve queda de 4,3%. Apesar de menor do que a redução de 8,4% registrada nos dois primeiros meses do ano, o resultado ficou aquém da projeção do WSJ, que apontava para um crescimento de 1,8%.
Superávit comercial ultrapassa expectativas
Mesmo com a queda nas importações, o saldo da balança comercial chinesa foi amplamente positivo em março. O superávit alcançou US$ 102,64 bilhões, superando com folga os US$ 77 bilhões esperados pelos analistas consultados pelo Wall Street Journal.
Conclusão
O forte crescimento das exportações chinesas em março, impulsionado possivelmente por medidas protecionistas dos EUA, mostra como tensões comerciais ainda moldam os fluxos globais de comércio. Ao mesmo tempo, a persistente fraqueza nas importações indica que a demanda interna na China segue contida, o que pode sinalizar desafios econômicos à frente. Ainda assim, o robusto superávit comercial reforça a posição do país como uma potência exportadora em um cenário global volátil.