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Secretária do MDIC afirma que tarifas podem gerar oportunidades, mas não representam o cenário ideal

A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Tatiana Prazeres, afirmou nesta quinta-feira (10) que a guerra tarifária desencadeada pelos Estados Unidos pode gerar oportunidades para o Brasil, mas destacou que esse não é o ambiente comercial que o país considera ideal. A declaração foi feita durante evento do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC).

Aposta no diálogo e em acordos multilaterais

Segundo Prazeres, o Brasil mantém uma postura baseada no multilateralismo e busca ampliar suas relações comerciais de forma equilibrada. “A orientação do ministro e vice-presidente (Geraldo Alckmin) é de negociar, negociar e negociar”, afirmou a secretária, destacando que o país tem se empenhado em manter canais de diálogo abertos, especialmente com os Estados Unidos.

Mudança de postura dos EUA e cautela brasileira

Na semana anterior, o presidente Donald Trump anunciou tarifas “recíprocas” sobre importações de praticamente todos os países. No entanto, ele voltou atrás e suspendeu temporariamente parte dessas tarifas, mantendo sanções mais rígidas apenas contra a China. Diante disso, o governo brasileiro tem adotado uma posição cautelosa, optando por não reagir com medidas retaliatórias.

Prazeres explicou que o Brasil segue em conversas técnicas com representantes norte-americanos, valorizando a parceria comercial e buscando soluções por meio do entendimento mútuo. “Nosso esforço é para reforçar uma relação que seja benéfica para os dois lados”, disse.

Risco de distorções no comércio global

A secretária também alertou para o risco de desvio nos fluxos do comércio internacional, em função da guerra tarifária. Ela disse que esse é um ponto de atenção para o governo, que segue monitorando de perto as possíveis consequências.

Parceria com a China e desafios regulatórios

Durante o evento, Tatiana Prazeres também destacou a importância da relação comercial com a China, um dos principais parceiros econômicos do Brasil. Segundo ela, o país asiático ainda impõe barreiras sanitárias e regulatórias que dificultam o avanço de produtos brasileiros no mercado chinês. Contudo, ela acredita que, superados esses obstáculos, há espaço para aumentar significativamente as exportações brasileiras.

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