Atletas africanos brilham e dominam a 29ª Maratona de São Paulo
A 29ª edição da Maratona de São Paulo, realizada neste domingo nas ruas da capital paulista, confirmou mais uma vez a supremacia dos atletas africanos nas provas de longa distância. Com um desempenho impressionante do início ao fim, os corredores do continente conquistaram os principais lugares no pódio masculino e feminino, deixando clara a força e a tradição que carregam em competições desse nível.
Logo nas primeiras horas da manhã, com o clima ameno e o céu parcialmente nublado, milhares de corredores se concentraram na região do Parque Ibirapuera, ponto de largada da prova. O evento, que também contou com modalidades de 5 km, 10 km e meia maratona (21 km), reuniu mais de 20 mil participantes, entre amadores e profissionais.
No masculino, o destaque ficou por conta de um atleta do Quênia, que cruzou a linha de chegada com tempo próximo de 2h15min, ritmo que impressionou os especialistas e arrancou aplausos do público ao longo do percurso. Logo atrás, um corredor etíope garantiu a segunda colocação, também com uma marca de respeito. O pódio foi completado por um atleta de Uganda, consolidando o domínio total do continente africano na principal categoria da prova.
Na disputa feminina, o cenário foi semelhante. Uma queniana liderou boa parte do trajeto e venceu com folga, sem ser ameaçada em nenhum momento pelas concorrentes. A segunda e terceira colocações ficaram, respectivamente, com atletas da Etiópia e da Tanzânia. A superioridade das africanas chamou atenção, especialmente pela resistência e constância de ritmo apresentadas mesmo nas subidas mais exigentes do trajeto paulistano.
Além do espetáculo nas ruas, a organização da Maratona de São Paulo foi elogiada pelo público e pelos atletas. O evento contou com pontos de hidratação bem distribuídos, sinalização eficiente e segurança reforçada ao longo de todo o percurso. Também houve uma estrutura especial para atendimento médico e apoio aos corredores.
Entre os brasileiros, os melhores colocados ficaram fora do top 5, mas demonstraram garra e competitividade em uma prova de alto nível técnico. Os destaques nacionais ficaram com corredores do interior paulista e do Nordeste, que brigaram pelas primeiras posições no pelotão intermediário.
O domínio africano na Maratona de São Paulo reafirma uma tendência que se observa há décadas em corridas de longa distância ao redor do mundo. A combinação de preparo físico, técnica apurada e histórico de treinamento em altitudes elevadas contribui para esse protagonismo constante.
Para os organizadores, o sucesso da 29ª edição aumenta a expectativa para os próximos anos, com a intenção de transformar o evento em uma das maiores maratonas da América Latina, atraindo ainda mais nomes de peso do atletismo internacional.
A Maratona de São Paulo não foi apenas uma competição de elite. Muitos corredores amadores também completaram os 42 km como desafio pessoal, superando limites e celebrando a paixão pela corrida. O clima festivo, com música e torcida espalhada ao longo do percurso, tornou o domingo especial para quem correu — e para quem assistiu.
Agora, o calendário do atletismo nacional segue com novas etapas em outras capitais, mas o impacto da Maratona paulistana deve seguir ecoando entre atletas, técnicos e fãs do esporte por bastante tempo.