Economia

Dólar e Bolsa sobem com petróleo em alta e tensão gerada por tarifas de Trump

O mercado financeiro global viveu um dia de volatilidade nesta quinta-feira, influenciado pela alta dos preços do petróleo e pela ameaça de novas tarifas comerciais impostas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Esses fatores impulsionaram o dólar e a Bolsa no Brasil, com os investidores atentos aos desdobramentos das tensões econômicas e políticas.


Alta do petróleo eleva custos e expectativas

Os preços do petróleo dispararam no mercado internacional, com o barril do Brent ultrapassando os US$ 95 pela primeira vez em meses. A alta foi motivada por cortes na produção anunciados por grandes produtores como a Arábia Saudita e a Rússia, além da recuperação da demanda global. Para países importadores, como o Brasil, o aumento nos custos do petróleo impacta diretamente os preços dos combustíveis e pressiona a inflação.

Essa valorização das commodities energéticas fez com que ações ligadas ao setor, como as da Petrobras, registrassem ganhos significativos no pregão de hoje. A estatal viu suas ações preferenciais (PETR4) subirem 3,8%, enquanto as ordinárias (PETR3) avançaram 3,5%.


Trump e as novas tarifas

As declarações de Donald Trump sobre a possibilidade de impor tarifas de até 25% sobre produtos importados elevaram a aversão ao risco no mercado. Embora os anúncios sejam direcionados principalmente à China, as tensões comerciais podem gerar impactos em toda a cadeia global de suprimentos, afetando desde produtos eletrônicos até matérias-primas.

No Brasil, a repercussão foi sentida no câmbio, com o dólar encerrando o dia cotado a R$ 5,12, uma alta de 0,6% em relação ao fechamento anterior. A moeda americana voltou a atrair investidores como ativo de segurança em meio às incertezas.


Bolsa sobe com Petrobras e Vale em destaque

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, registrou alta de 1,4%, encerrando o dia em 121.300 pontos. As ações da Vale (VALE3) também se destacaram, com avanço de 2,7%, impulsionadas pela valorização do minério de ferro no mercado asiático.

Entre os setores, destaque ainda para bancos e empresas de varejo, que recuperaram parte das perdas recentes diante das perspectivas de queda na taxa Selic nas próximas reuniões do Banco Central.


Impactos para o Brasil

A combinação de alta no petróleo e incertezas no comércio global pode trazer desafios para o Brasil, como um possível aumento dos preços dos combustíveis e pressões inflacionárias. No entanto, a valorização das commodities também beneficia a balança comercial e fortalece setores exportadores.

Os próximos dias prometem mais volatilidade, com investidores de olho nos desdobramentos das políticas americanas e nas decisões da Opep sobre o futuro da produção de petróleo.

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