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Mulher que pichou estátua do STF pede desculpas públicas: “Ato tão desprezível”

A mulher acusada de pichar a estátua de “A Justiça”, localizada em frente à sede do Supremo Tribunal Federal (STF), divulgou um pedido público de desculpas pelo ato de vandalismo. Em depoimento, ela classificou sua ação como “desprezível” e disse estar arrependida do ocorrido, que gerou grande repercussão e críticas pela afronta simbólica à instituição.


O ato e a repercussão

O incidente aconteceu durante um protesto, quando a estátua, uma das mais emblemáticas do cenário político e jurídico brasileiro, foi pichada com palavras de ordem contra o STF. A ação foi rapidamente registrada por câmeras de segurança e causou indignação não só entre os ministros da Corte, mas também na sociedade, que viu o ato como um desrespeito ao Estado de Direito.

Após ser identificada e detida, a mulher foi encaminhada para prestar esclarecimentos às autoridades. O caso se tornou alvo de investigação por depredação de patrimônio público, uma prática que pode resultar em pena de prisão ou multa.


Arrependimento e pedido de desculpas

No pedido de desculpas, a mulher afirmou que o ato foi fruto de “uma decisão impulsiva e irresponsável” e que não teve a intenção de ofender a Justiça brasileira ou os valores democráticos. “Reconheço que cometi um erro grave. Foi um ato tão desprezível que nem eu mesma consigo entender por que o fiz. Quero pedir perdão a todos que se sentiram desrespeitados”, declarou em nota divulgada por seus advogados.

Ela também ressaltou que deseja reparar os danos causados, tanto financeiramente quanto simbolicamente. “Estou à disposição para colaborar com as autoridades no que for necessário. Meu objetivo agora é aprender com esse erro e mostrar que estou comprometida em não repetir atitudes como essa”, concluiu.


A posição do STF

Embora o STF não tenha se manifestado oficialmente sobre o pedido de desculpas, ministros da Corte já haviam condenado o ato em declarações anteriores, reforçando a importância do respeito às instituições públicas. A ministra Rosa Weber, então presidente do STF, afirmou que ações como essa não intimidam a Justiça e que o trabalho da Corte continuará sendo guiado pela Constituição.


Consequências legais

O ato de pichar monumentos ou edifícios públicos é considerado crime no Brasil, conforme o artigo 65 da Lei de Crimes Ambientais, com pena que pode variar de três meses a um ano de detenção, além de multa. No caso da estátua do STF, que tem grande valor simbólico e histórico, o episódio pode levar a sanções ainda mais severas, dependendo da decisão do Ministério Público e do juiz responsável pelo caso.


Patrimônio e simbolismo

A estátua “A Justiça”, criada pelo escultor Alfredo Ceschiatti, representa um dos pilares fundamentais do Estado brasileiro e é vista como um símbolo da imparcialidade e da soberania das leis. Por isso, qualquer ato contra ela é tratado não apenas como vandalismo, mas como uma afronta ao sistema democrático.

O caso, agora em fase de instrução, deverá seguir os trâmites legais, enquanto a sociedade aguarda uma resposta judicial que reforce a importância de proteger os bens e símbolos da democracia.

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