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Petroleiros anunciam paralisação de 24 horas em todo o Brasil nesta quarta-feira

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) confirmou nesta terça-feira (21) uma paralisação nacional de 24 horas, programada para esta quarta-feira (22). O movimento, que deve atingir diversas unidades operacionais da Petrobras e subsidiárias, visa chamar a atenção para questões relacionadas a reajustes salariais, condições de trabalho e posicionamento contra privatizações no setor.


Os motivos da paralisação

Os petroleiros vêm expressando insatisfação com o que consideram um descaso do governo federal e da Petrobras em relação às suas demandas. Entre os principais pontos de reivindicação estão:

  • Reajuste salarial: A categoria pede a recomposição dos salários com base na inflação acumulada e um ganho real, alegando perdas significativas nos últimos anos.
  • Condições de trabalho: Os trabalhadores denunciam redução de pessoal nas unidades, aumento de sobrecarga e falhas na segurança das operações.
  • Privatizações: A FUP também se posiciona contra os avanços em processos de venda de ativos da Petrobras, que incluem refinarias e campos de petróleo, alegando prejuízos à soberania energética do país.

“A paralisação é um recado claro de que os trabalhadores não aceitarão o enfraquecimento do setor e exigem ser ouvidos”, declarou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.


Impacto esperado

A paralisação deve afetar tanto as refinarias quanto as plataformas de petróleo e unidades administrativas, mas a FUP garantiu que as operações essenciais serão mantidas, como prevê a legislação brasileira. No entanto, o movimento pode causar reflexos no abastecimento de combustíveis se a mobilização se estender ou se novos protestos forem convocados.

Os sindicatos regionais estão coordenando assembleias para organizar piquetes e manifestações nas portas das unidades da Petrobras, enquanto os trabalhadores administrativos deverão aderir ao movimento de forma remota.


Negociações e posicionamento da Petrobras

A Petrobras ainda não se manifestou oficialmente sobre a paralisação, mas fontes internas afirmam que a empresa está monitorando a situação. A estatal tem defendido, em ocasiões anteriores, que mantém uma política de diálogo com os sindicatos e está comprometida com a manutenção do equilíbrio entre as necessidades dos empregados e a saúde financeira da companhia.

No entanto, os petroleiros acusam a Petrobras de endurecer as negociações e apontam falta de avanços significativos nos últimos meses, especialmente no que diz respeito à política de remuneração.


Apoio de outras categorias

Além dos petroleiros, outras categorias têm manifestado apoio ao movimento, como trabalhadores portuários e movimentos sociais que militam contra privatizações. Protestos em parceria com outras entidades podem ser vistos em algumas capitais, reforçando o coro das reivindicações.


Próximos passos

Após a paralisação desta quarta-feira, a FUP avaliará os resultados do movimento e poderá convocar novas mobilizações caso as negociações com a Petrobras não avancem. Assembleias regionais também discutirão estratégias para manter a categoria mobilizada e ampliar o apoio público às reivindicações.

A mobilização dos petroleiros ocorre em um momento de atenção crescente ao setor de energia no Brasil, com implicações tanto econômicas quanto políticas. O desfecho desta paralisação pode ditar o rumo das negociações entre a categoria e a Petrobras nos próximos meses.

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