Politica

Marina reage a senador que sugeriu que poderia enforcá-la: ‘Psicopata’

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reagiu com indignação à declaração do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que sugeriu, em tom de ironia, que poderia enforcá-la. A fala do parlamentar ocorreu durante uma sessão no Senado e gerou forte repercussão política. Marina classificou o comentário como “inaceitável” e afirmou que se trata de uma atitude “violenta e criminosa”.

O episódio aconteceu quando o senador debatia sobre políticas ambientais e fez a declaração controversa ao mencionar Marina. Segundo ele, a crítica era parte de sua insatisfação com a gestão da ministra em relação à preservação da Amazônia e à regulamentação de atividades econômicas na região.

“Esse tipo de postura é inadmissível, ainda mais vindo de um parlamentar. Não podemos normalizar esse tipo de violência simbólica contra as mulheres, contra aqueles que defendem a preservação ambiental e contra qualquer cidadão que atue na defesa do bem comum”, afirmou Marina Silva.

A declaração de Plínio Valério foi amplamente criticada por lideranças políticas e ativistas. Parlamentares da base do governo e da oposição manifestaram repúdio à fala do senador. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), declarou que a Casa não pode tolerar discursos que incitem violência ou que desrespeitem qualquer pessoa.

Organizações da sociedade civil e movimentos ambientais também se manifestaram em apoio a Marina Silva. “É lamentável que, em pleno século XXI, representantes do povo ainda recorram a discursos agressivos e ameaçadores contra mulheres e defensores do meio ambiente”, afirmou uma representante de uma ONG ambientalista.

Diante da repercussão negativa, Plínio Valério tentou se justificar, alegando que sua fala foi mal interpretada e que não teve a intenção de ameaçar a ministra. No entanto, sua explicação não foi suficiente para evitar que o caso ganhasse destaque e fosse levado a instâncias jurídicas.

Marina Silva informou que tomará providências e que o episódio será analisado por sua equipe jurídica. “Não podemos permitir que esse tipo de discurso seja banalizado. É uma questão que vai além de mim; trata-se da defesa de um ambiente político e social onde o respeito seja a base do diálogo”, concluiu a ministra.

O caso agora será analisado pelo Conselho de Ética do Senado, que poderá abrir um processo disciplinar contra Plínio Valério. O episódio reacendeu o debate sobre a violência política de gênero e a necessidade de medidas mais rígidas para coibir discursos de ódio no ambiente legislativo.

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