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Gravadora processada por Drake afirma que ele “perdeu a disputa” contra Kendrick

O Universal Music Group (UMG) solicitou, na última segunda-feira (17), que um tribunal rejeite o processo de difamação movido por Drake contra a gravadora, relacionado à música “Not Like Us”, de Kendrick Lamar. A gravadora defende que o processo é uma “tentativa equivocada de curar suas feridas” após o rapper canadense ter “perdido uma batalha de rap que ele mesmo iniciou”. O processo de Drake, apresentado em janeiro, foca nas alegações feitas por Lamar, que incluem uma acusação de que Drake seria um “pedófilo certificado”, uma afirmação que o artista nega veementemente.

Reação da UMG

Em seu documento legal, a Universal contesta a acusação de difamação, afirmando que a música de Lamar, que liderou as paradas e foi um sucesso de crítica, não constitui uma ofensa legal, mas sim uma “opinião não acionável e hipérbole retórica”. A gravadora destaca que músicas de dissing, um subgênero popular no rap, frequentemente incluem insultos e exageros que não devem ser considerados difamatórios, o que tornaria o processo de Drake um risco para a liberdade artística.

Além disso, a UMG ressalta que o próprio Drake usou a plataforma da gravadora para atacar Lamar, o que inclui alegações não verificadas de violência doméstica, o que, na visão da gravadora, comprometeria a legitimidade do processo.

A Origens da Controvérsia

A disputa entre Drake e Lamar teve início no final de 2023, quando ambos os rappers trocaram provocações em suas músicas, culminando na faixa “Not Like Us”, de Lamar. A música foi destaque em uma “batalha de rap” pública, e Lamar chegou a conquistar cinco prêmios Grammy pela canção. A faísca para o processo surgiu quando Drake alegou que a UMG havia manipulado a promoção de “Not Like Us” de forma ilegal, incluindo o uso de bots e campanhas pagas para impulsionar sua popularidade nas plataformas de streaming. A gravadora negou essas alegações, chamando-as de infundadas.

A Gravadora Em Defensiva

A UMG argumenta que a campanha de promoção de “Not Like Us” foi legítima, sem o uso de práticas questionáveis, como bots. Para reforçar sua posição, a gravadora afirmou que não há evidência substancial que sustente as alegações de Drake. A disputa culminou em um processo movido por Drake, no qual ele busca compensações e danos punitivos, além de responsabilizar a UMG pela promoção da música, que ele acredita ter contribuído para uma tentativa de invasão em sua residência, resultando em um segurança baleado.

Conclusão

A batalha legal entre Drake e a Universal Music Group continua a gerar discussão sobre os limites da liberdade de expressão artística e os direitos das gravadoras. A situação também lança luz sobre a dinâmica das disputas no mundo do rap, onde rivalidades são frequentemente personificadas nas músicas. Para os fãs e a indústria, a questão central envolve o equilíbrio entre a liberdade criativa dos artistas e as responsabilidades legais das empresas que os representam. O desfecho deste caso pode redefinir a maneira como as disputas na música, especialmente as envolvendo acusações pesadas e suas implicações públicas, serão tratadas judicialmente no futuro.

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