Politica

Deputado bolsonarista é reeleito presidente da Alesp com apoio do PT

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) protagonizou um cenário político incomum nesta terça-feira (12), com a reeleição do deputado André do Prado (PL) para a presidência da Casa, em um movimento que contou com o apoio do Partido dos Trabalhadores (PT). A aliança inesperada entre governistas e oposicionistas gerou reações dentro e fora do Legislativo paulista, revelando articulações políticas estratégicas para a nova composição da Mesa Diretora.

Alinhamento estratégico e bastidores da eleição

André do Prado, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conseguiu consolidar sua reeleição com uma votação expressiva, fruto de um acordo que envolveu parlamentares do PT, do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e outras siglas. O apoio petista foi justificado pelo compromisso do deputado em garantir espaço à legenda na nova composição da Mesa Diretora e manter diálogo aberto com todas as bancadas.

O governador Tarcísio de Freitas, que tem se equilibrado entre o bolsonarismo e uma postura pragmática na política paulista, também apoiou a continuidade de Prado no comando da Alesp. A movimentação evidencia a busca por estabilidade na Casa Legislativa, evitando confrontos que possam prejudicar a governabilidade estadual.

PT justifica voto em bolsonarista

A decisão do PT de apoiar um nome ligado ao bolsonarismo gerou polêmica entre eleitores e militantes, mas a justificativa da bancada petista foi baseada na necessidade de manter influência dentro da Alesp e impedir um avanço ainda maior de alas mais radicais da direita.

“Essa eleição foi baseada em acordos institucionais e não ideológicos. Precisamos garantir a governabilidade e espaço para debates democráticos na Casa”, declarou um líder do PT na Alesp.

Ainda assim, setores mais à esquerda criticaram a estratégia, apontando incoerência no apoio a um deputado alinhado ao ex-presidente Bolsonaro.

Oposição reage à aliança

Deputados da oposição e de siglas menores manifestaram descontentamento com o resultado. A reeleição de Prado consolidou a hegemonia do PL na Alesp, dificultando a articulação de partidos que buscavam uma presidência menos alinhada ao bolsonarismo e ao governo estadual.

Apesar disso, a aliança temporária entre PT e bolsonaristas reforça um cenário cada vez mais pragmático na política paulista, onde interesses institucionais e negociações de bastidores falam mais alto do que divergências ideológicas.

A nova gestão da Alesp sob o comando de André do Prado será observada de perto, especialmente no que diz respeito ao cumprimento dos compromissos feitos durante a eleição e à relação com o governo estadual e a oposição.

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