Economia

O dólar registra alta na abertura, com a inflação no Brasil e as tarifas dos EUA como principais fatores de atenção

Na manhã desta quarta-feira (12), o dólar à vista apresentou uma leve alta em relação ao real, recuperando parcialmente as perdas registradas no dia anterior. O movimento do mercado é influenciado por uma série de fatores, com destaque para os dados de inflação no Brasil, os números da economia dos Estados Unidos e os impactos das tarifas impostas pelos EUA sobre os metais.

Dólar à Vista Sobem Levemente

Às 9h04, o dólar à vista estava cotado a R$ 5,8246, com um aumento de 0,23%. O mercado reagia a uma combinação de fatores econômicos, incluindo os dados de inflação divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que trouxeram à tona uma aceleração no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação brasileira.

Inflação Brasileira Registra Maior Alta Desde 2003

Em fevereiro, o IPCA avançou 1,31%, o maior aumento para o mês de fevereiro desde 2003, conforme a série histórica do IBGE. Esse crescimento foi um fator importante para a alta do dólar, refletindo preocupações com o aumento nos preços dentro da economia brasileira. A aceleração da inflação, que se manteve em um patamar mais elevado, trouxe um impacto adicional nos preços dos produtos e serviços no país.

O principal responsável por essa aceleração foi o setor de energia elétrica residencial, que registrou um aumento expressivo de 16,80% em fevereiro, influenciando diretamente o índice de inflação e impactando a dinâmica do mercado cambial. Com esse dado, a taxa de inflação acumulada nos últimos 12 meses ficou em 5,06%, superando o 4,56% registrado no período anterior.

Dólar Fechou em Queda no Dia Anterior

Na terça-feira (11), o dólar havia fechado em queda de 0,74%, cotado a R$ 5,8113. Apesar da baixa observada, o mercado se manteve atento aos desenvolvimentos econômicos, especialmente no que diz respeito aos dados sobre a inflação e às políticas econômicas de outros países. Em resposta a esses desafios, o Banco Central anunciou a realização de um leilão de até 20.000 contratos de swap cambial tradicional para rolar o vencimento previsto para abril de 2025, o que ajuda a suavizar a pressão sobre o câmbio.

Conclusão

O cenário cambial nesta quarta-feira mostra como o dólar reage a uma série de fatores, como os dados inflacionários no Brasil e as pressões externas, incluindo as tarifas dos Estados Unidos sobre os metais. A leve alta do dólar reflete a avaliação do mercado diante de uma inflação mais alta e de questões globais que impactam as economias nacionais.

Embora o Brasil enfrente desafios internos com a aceleração da inflação, o mercado segue monitorando as medidas do Banco Central e as possíveis ações futuras. A dinâmica do câmbio continuará sendo moldada por uma interação entre os dados econômicos domésticos e o ambiente global, com um foco especial nas tarifas dos EUA e seus efeitos sobre os mercados.

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