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As tarifas impostas por Trump causaram uma perda de US$ 4,3 trilhões no valor de mercado das empresas

A política tarifária de Donald Trump, desde sua ascensão à presidência dos Estados Unidos em janeiro de 2017, continua gerando grandes turbulências nos mercados financeiros. Um estudo recente realizado pela Consultoria Elos Ayta revelou que as empresas listadas nas principais bolsas de valores americanas sofreram perdas de US$ 4,32 trilhões em valor de mercado desde o dia em que Trump assumiu a presidência.

Queda no Valor das Ações de Empresas de Tecnologia

Entre as maiores vítimas dessa desaceleração estão as gigantes da tecnologia, também conhecidas como as “Sete Magníficas” — um grupo que inclui empresas como Apple, Amazon, Microsoft e outras. Desde a posse de Trump, as ações dessas empresas perderam US$ 2,53 trilhões. Esse impacto reflete as incertezas e os desafios impostos pela guerra comercial que o governo Trump intensificou durante seu mandato.

Impacto Global: Mercados em Queda

Na última segunda-feira (10), os principais índices financeiros dos Estados Unidos — Nasdaq, Dow Jones e S&P 500 — encerraram o dia com perdas de US$ 1,61 trilhão. Essa tendência não foi restrita aos EUA. Os mercados europeus, asiáticos e até o Brasil também registraram quedas, evidenciando que as incertezas globais alimentadas pelas políticas comerciais de Trump afetam mercados ao redor do mundo.

Possível Recessão e Medos de Inflação

Trump minimizou recentemente a volatilidade dos mercados, mas não descartou a possibilidade de uma recessão, resultado das tarifas que ele vem implementando. Tal incerteza agravou o temor de que suas medidas possam desencadear uma inflação crescente, além de uma queda no consumo e nos investimentos. Mike Mussio, presidente da FBB Capital Partners, expressou preocupações sobre a contínua incerteza nos mercados, destacando que “os participantes do mercado detestam incertezas”, o que continua a alimentar a venda de ativos.

Guerra Comercial: Estados Unidos x China e Canadá

Além da tensão interna nos EUA, as relações comerciais externas também enfrentam desafios. O governo Trump impôs tarifas de até 20% sobre produtos chineses, o que resultou em um contra-ataque de Pequim, com tarifas de até 15% sobre produtos agrícolas dos EUA. Mais recentemente, a China também anunciou tarifas sobre produtos do Canadá, como resposta a taxas impostas pelo governo canadense sobre carros elétricos chineses e produtos de alumínio e aço.

Reações no Canadá: Um Estudo de Retaliação

No Canadá, a tensão também aumentou. Doug Ford, primeiro-ministro de Ontário, ameaçou cortar o fornecimento de eletricidade para os Estados Unidos, especialmente para os estados de Minnesota, Michigan e Nova York. A medida se segue à escalada da guerra comercial e é uma resposta direta às políticas tarifárias de Trump. Ford, em um tom forte, afirmou que, caso os EUA intensifiquem suas tarifas, ele não hesitará em suspender o fornecimento de energia. “Eu me sinto péssimo pelo povo americano, porque não é o povo americano que começou esta guerra comercial. Apenas uma pessoa é responsável. E essa pessoa é o presidente Trump”, declarou o líder canadense.

Conclusão

A crescente escalada da guerra comercial, impulsionada pelas políticas tarifárias de Trump, continua a afetar gravemente as economias ao redor do mundo. Com perdas bilionárias no valor de mercado das empresas, queda nos índices globais e tensões diplomáticas, o cenário econômico se torna cada vez mais incerto. A contínua volatilidade dos mercados e o potencial de uma recessão exigem um olhar atento às próximas decisões políticas e comerciais que possam definir o futuro da economia global.

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