As bolsas asiáticas registram alta após a China manter a meta de crescimento em 5%
As bolsas de valores da Ásia fecharam em alta nesta quarta-feira, impulsionadas pela decisão da China de manter sua meta de crescimento para este ano em 5%. A medida ocorre em meio a um cenário de tensões comerciais, especialmente com a continuação das tarifas impostas pelo governo Trump. Embora o ambiente externo siga incerto, a postura da China gerou um clima mais otimista entre os investidores.
Desempenho nos Mercados Chineses
Os principais índices da China continental encerraram o dia em terreno positivo. O índice Xangai Composto avançou 0,53%, atingindo 3.341,96 pontos, enquanto o Shenzhen Composto subiu 0,41%, alcançando 2.054,15 pontos. O governo chinês estabeleceu uma meta de crescimento do PIB de “cerca de 5%” para 2025, mantendo a mesma meta definida no ano passado. A persistência dessa meta tem sido vista por economistas como um sinal de confiança nas políticas do país e um indicativo de que o governo continuará adotando medidas para impulsionar a demanda interna.
Além disso, os dados econômicos também contribuíram para o otimismo. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) do setor de serviços da China subiu de 51 para 51,4 em fevereiro, sugerindo uma ligeira aceleração na expansão do setor, conforme a pesquisa realizada pela S&P Global/Caixin.
Crescimento no Mercado Asiático
O crescimento foi generalizado em outros mercados da região. O índice Hang Seng, de Hong Kong, teve um forte ganho de 2,84%, fechando a 23.594,21 pontos. Já o índice japonês Nikkei registrou um avanço mais modesto de 0,23%, chegando a 37.418,24 pontos. Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 1,16%, marcando 2.558,13 pontos, após interromper uma sequência de três pregões consecutivos de queda. Em Taiwan, o Taiex subiu 1,22%, fechando a 22.871,90 pontos.
Tensões Comerciais e o Cenário Internacional
Apesar do clima otimista na Ásia, as tensões comerciais continuam a ser um fator de preocupação. No dia anterior, os Estados Unidos anunciaram tarifas de 25% sobre produtos provenientes do Canadá e do México, além de uma tarifa adicional de 10% sobre bens chineses. Embora o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, tenha indicado a possibilidade de um “alívio” nas tarifas para os países vizinhos, ele não fez menção às tarifas sobre a China, mantendo as incertezas sobre o comércio internacional.
Desempenho da Bolsa Australiana
A bolsa da Austrália, por outro lado, não seguiu a tendência positiva observada na Ásia. O índice S&P/ASX 200 recuou 0,70% em Sydney, fechando a 8.141,10 pontos, registrando seu segundo dia consecutivo de perdas. A performance negativa da bolsa australiana pode ser atribuída a uma série de fatores, incluindo o impacto da situação econômica global e o comportamento divergente dos mercados asiáticos.
Conclusão
O mercado asiático foi impulsionado principalmente pela confiança renovada na economia chinesa, com a manutenção da meta de crescimento de 5%. Entretanto, as tensões comerciais globais, especialmente com os Estados Unidos, seguem sendo uma preocupação constante para os investidores. A variação entre os mercados da Ásia e Oceania mostra como as dinâmicas regionais e as incertezas globais continuam a influenciar as bolsas, com alguns mercados mais resilientes que outros. O cenário permanece volátil, e o comportamento das tensões comerciais será um fator crucial para as próximas movimentações nos mercados financeiros.