Lula afirma ter “certeza” de que Marina Silva apoiará exploração de petróleo na Margem Equatorial
Diante do impasse entre a Petrobras e o Ibama, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu novamente a pesquisa e a exploração de petróleo na Margem Equatorial, localizada na Foz do Rio Amazonas. Segundo Lula, nem mesmo Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, será contra a extração na região.
“Tenho certeza de que a Marina jamais será contra, porque ela é uma pessoa muito inteligente e quer garantir que o processo seja feito da forma correta. O importante é definir ‘como fazer’. Esse ‘como fazer’ é algo que eu quero, ela quer e todos querem, para que não sejamos predatórios com a Amazônia”, declarou Lula em entrevista à Rádio Clube, do Pará, nesta sexta-feira (14).
O impasse entre Ibama e Petrobras persiste há três anos e tem impedido a perfuração do fundo do mar na Margem Equatorial, nas proximidades do Amapá. No entanto, técnicos da Petrobras acreditam que a situação pode ser resolvida com a inauguração da base de emergência em Oiapoque (AP), um dos requisitos exigidos pelo Ibama para autorizar a exploração.
“Acredito que faremos essa exploração com muita responsabilidade. Se houver petróleo, isso significará mais recursos para educação, saúde, tecnologia e também para o fortalecimento do Ibama. Teremos condições de contratar mais professores, médicos e investir no Brasil”, afirmou Lula.
Nesta quinta-feira (13), em Macapá (AP), o presidente reiterou que não deseja “poluir um milímetro de água”, mas defendeu o direito da Petrobras e do governo de realizarem pesquisas sobre a presença de petróleo na região.
Lula esteve acompanhado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), um dos principais defensores da exploração, e afirmou que a Casa Civil, liderada pelo ministro Rui Costa, irá dialogar com o Ibama e a Petrobras para solucionar o impasse.
“O ministro Rui Costa tem a missão de acertar com o instituto de meio ambiente do Brasil que não cometeremos nenhuma loucura. Não haverá irresponsabilidade ambiental”, concluiu Lula.