PDT busca ampliar presença no governo com mais um ministério, diz novo líder Mário Heringer
PDT busca ampliar presença no governo com mais um ministério, diz novo líder Mário Heringer
O deputado de Minas Gerais, Mário Heringer (PDT-MG), descartou qualquer ameaça de mudanças no único ministério atualmente chefiado pelo partido, o da Previdência. O novo líder do PDT na Câmara esteve nesta quarta-feira (12) no Palácio do Planalto, participando de uma reunião com líderes da base governista no Congresso para discutir as pautas prioritárias do Executivo.
Heringer destacou que o tema da reforma ministerial não foi abordado oficialmente na reunião, mas afirmou que integrantes do partido têm mantido conversas internas e com interlocutores do governo para garantir pelo menos mais um ministério sob o comando do PDT. Atualmente, apenas Carlos Lupi, presidente nacional licenciado da legenda, chefia o Ministério da Previdência.
“O PDT hoje, sem dúvida nenhuma, é o partido que mais vota com o governo nas suas pautas. Eu acho que é razoável que o governo escolha mais um espaço para que nós possamos ocupar. Pelo menos mais um”, afirmou Heringer.
O líder negou qualquer preocupação da bancada com relação ao Ministério da Previdência e reforçou que a demanda por um novo ministério ainda não foi formalmente apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para os integrantes do PDT, o comando de mais uma pasta fortaleceria o partido, que desde o ano passado tem sofrido com a migração de parlamentares para outras siglas em diferentes esferas.
“A ideia de ter outro ministério aumenta nossa capacidade de fazer política. Os partidos querem estar nesses espaços exatamente para ampliar sua atuação, dar visibilidade à legenda e se preparar para as eleições”, acrescentou Heringer.
Federação Partidária
O novo líder do PDT também descartou, neste momento, qualquer articulação para formar uma federação partidária. Segundo ele, o foco da sigla está voltado para o fortalecimento interno durante a reforma ministerial e as votações no Congresso Nacional. A decisão sobre uma possível federação será reavaliada no final do ano.
“A gente tem visto que as federações que aconteceram não deram tão certo. Nos bastidores, percebemos que os partidos menores que ingressaram nessas federações não ficaram satisfeitos. No fim, o resultado eleitoral nas prefeituras favoreceu os maiores. A federação foi uma alternativa para partidos menores escaparem da cláusula de barreira, mas acabou mantendo essas legendas apenas sobrevivendo politicamente. Por isso, não vemos isso como um objetivo agora. O tempo dirá se será necessário”, explicou Heringer.
Perspectivas
Em entrevista recente, Mário Heringer afirmou que o PDT merece mais reconhecimento do governo federal. Para ele, a legenda tem sido uma das mais fiéis ao Planalto e, por isso, busca maior espaço dentro da estrutura governamental.
“O PDT é, sem dúvida, o partido que mais vota com o governo”, reforçou o parlamentar. Segundo ele, nas negociações em torno da reforma ministerial, a legenda não faz exigências excessivas, mas busca mais espaço para ampliar sua atuação política.
Outros temas abordados por Heringer:
- Reuniões com ministros e o presidente para debater a participação do PDT na reforma ministerial;
- Críticas ao projeto que reduz a inelegibilidade de políticos de oito para dois anos, classificando a proposta como “indecente”;
- Defesa de um projeto que proíbe a inclusão de políticos inelegíveis em pesquisas de intenção de voto;
- Expectativa de pacificação sobre emendas parlamentares até o fim de fevereiro;
- Disputa por comissões na Câmara dos Deputados;
- Priorização de projetos estratégicos para 2025.
Com essas pautas em foco, o PDT busca fortalecer sua posição dentro da base governista e garantir maior representatividade no cenário político nacional.