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STF suspende investigação sobre líder do PSDB por supostos desvios na saúde de Goiás

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu uma liminar suspendendo a investigação contra o ex-governador de Goiás e presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo. A decisão atendeu a um pedido da defesa do político, que apontou supostas “ilegalidades” na operação realizada pela Polícia Federal (PF) na última semana.

A investigação busca apurar desvios de recursos públicos na área da saúde entre 2012 e 2018. De acordo com as autoridades, os supostos crimes incluem peculato, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Os recursos teriam sido desviados por meio de uma organização social que possuía contratos com o governo goiano durante a gestão de Perillo.

Em nota, o advogado Romero Ferraz Filho, representante de Perillo, afirmou que a ação no STF foi essencial para “resguardar os direitos” do ex-governador, que poderia ser “prejudicado” no decorrer do processo. A defesa sustenta que Perillo tem direito ao foro privilegiado por prerrogativa de função, o que impediria a tramitação do caso na primeira instância.

A decisão de Gilmar Mendes é provisória e valerá até que o STF realize uma análise mais detalhada do caso. Em uma avaliação inicial, o ministro considerou que o processo deveria ser remetido a uma instância superior, reforçando o entendimento sobre o foro privilegiado.

A operação da PF investiga possíveis crimes relacionados ao desvio de verbas públicas, e a liminar concedida suspende temporariamente as investigações. No entanto, o caso ainda passará por uma análise mais aprofundada pelo STF. A decisão reacende o debate sobre o foro privilegiado e o alcance das investigações judiciais envolvendo autoridades que ocupam ou ocuparam cargos públicos.

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