Gilmar desconsidera declaração de Hugo e expressa ceticismo sobre a aprovação da anistia.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, expressou sua convicção de que o Congresso não aprovará o projeto de lei que prevê perdão para os condenados pelos eventos de 8 de janeiro. Em entrevista ,ele minimizou a declaração do presidente da Câmara, Hugo Motta, que afirmou não ter havido tentativa de golpe naquele dia. Mendes destacou a importância de entender o contexto político e acredita que a opinião pública mudará após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar denúncias contra políticos que incentivaram os atos criminosos, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Mendes afirmou que não considera a possibilidade de o Congresso aprovar uma anistia e reiterou que a Constituição proíbe anistia para crimes cometidos por grupos armados contra a ordem pública. Ele também respondeu às declarações do ministro da Defesa, José Múcio, que negou a presença de armamentos durante os eventos. Mendes argumentou que ações como quebrar vidros do STF e usar cadeiras como armas são formas de violência e ressaltou a gravidade das ameaças reveladas em relatórios da Polícia Federal, que incluíam planos de eliminação física de autoridades.