A França afirmou que a União Europeia reagirá ao anúncio das tarifas de Trump
A União Europeia já se prepara para responder ao mais recente anúncio de tarifas comerciais feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A declaração foi dada pelo ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Noel Barrot, nesta segunda-feira (10), durante uma entrevista à emissora TF1. Barrot afirmou que a França, junto com seus aliados europeus, não hesitará em defender seus interesses diante das ameaças comerciais vindas dos EUA.
Novas tarifas anunciadas por Trump
No último domingo (9), Donald Trump anunciou que pretende implementar novas tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, além de manter as taxas já existentes sobre outros metais. Este movimento representa mais uma intensificação na política comercial do presidente, que tem buscado reduzir o déficit comercial dos Estados Unidos. A medida foi recebida com preocupações pela União Europeia, que já enfrentou uma série de mudanças nas políticas tarifárias americanas desde 2018.
França e União Europeia prontos para uma resposta firme
Questionado sobre a possibilidade de uma retaliação, Barrot foi direto: “Claro, isso já aconteceu em 2018 e nós respondemos na ocasião. Faremos isso novamente.” A posição da França é clara quanto à necessidade de uma ação coordenada com os parceiros europeus, que irão, em conjunto, definir quais setores serão alvo de uma resposta à altura. O ministro destacou que a Comissão Europeia está pronta para agir quando necessário, reafirmando a postura firme da União Europeia frente às provocações comerciais.
A ameaça de uma guerra comercial com a UE
Jean-Noel Barrot ressaltou que a União Europeia não tem interesse em uma guerra comercial, mas, ao mesmo tempo, enfatizou que defenderá seus interesses econômicos. “Não é do interesse de ninguém começar uma guerra comercial com a União Europeia”, afirmou, dando a entender que, embora o bloco esteja disposto a reagir, ele não busca uma escalada do conflito.
Conclusão
A decisão de Trump de aumentar as tarifas sobre aço e alumínio traz um novo capítulo para as tensões comerciais globais. A União Europeia, com a França à frente, já demonstrou que não se deixará intimidar e responderá de forma coordenada. No entanto, as autoridades europeias também enfatizam que a prioridade é evitar uma guerra comercial prolongada, que traria impactos negativos tanto para os Estados Unidos quanto para os países da União Europeia. O cenário atual exige uma abordagem diplomática cuidadosa, a fim de encontrar soluções que protejam os interesses comerciais de ambas as partes sem gerar mais incertezas no comércio internacional.
