Governo

Governo informa que não utilizará voos da FAB para repatriar brasileiros deportados

Ministro das Relações Exteriores destaca que processo de repatriação foi conduzido pelos Estados Unidos e critica uso de algemas

O governo brasileiro descartou a utilização de voos da Força Aérea Brasileira (FAB) para repatriar os brasileiros deportados dos Estados Unidos, conforme informou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, nesta terça-feira (28). Segundo o ministro, o voo que trouxe 88 cidadãos brasileiros de volta ao país foi uma iniciativa do governo norte-americano, e não uma operação brasileira.

Governo Brasileiro Critica Uso de Algemas em Deportados

Em meio à repercussão do caso, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também se manifestou contra o uso de algemas nos deportados, que desembarcaram em Manaus (AM) na sexta-feira (24). O ministro Vieira afirmou que os deportados eram “famílias”, “trabalhadores” e “acima de tudo, brasileiros”, questionando o tratamento dado aos cidadãos. O uso de algemas, conforme explicou o governo, é uma medida adotada por motivos de segurança. O primeiro motivo seria proteger a pessoa sob custódia do Estado, evitando que ela se machuque ou cometa atos extremos contra si mesma. O segundo objetivo é garantir a segurança dos agentes que acompanham os deportados.

Novo Posto de Acolhimento em Confins: Medidas Humanitárias para os Retornados

A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, anunciou que o governo federal criará um posto de acolhimento humanitário no Aeroporto de Confins, em Minas Gerais, para receber mais brasileiros deportados. A medida visa garantir que os deportados tenham acesso a condições adequadas de alimentação, água e abrigo, além de assegurar que as famílias não sejam separadas no momento da chegada.

“Queremos garantir que famílias não venham separadas e que as pessoas tenham condições de água, comida e temperatura”, destacou a ministra, enfatizando a importância do acolhimento humano nesse processo.

Conclusão

O episódio envolvendo a deportação de brasileiros dos Estados Unidos trouxe à tona desafios tanto em termos de segurança quanto de direitos humanos. Embora o governo brasileiro não tenha optado por utilizar voos da FAB, ele se comprometeu a garantir que os deportados recebam um tratamento humanitário digno. A criação do posto de acolhimento em Confins reflete uma preocupação com o bem-estar dos cidadãos retornados e com a preservação da integridade das famílias. Enquanto o governo segue buscando respostas mais eficazes para esses casos, é essencial que o processo de repatriação respeite os direitos e a dignidade dos brasileiros envolvidos.

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