Guardiola se preocupa com impacto financeiro caso o Manchester City não avance na Champions League

O técnico Pep Guardiola, do Manchester City, fez um alerta contundente sobre as consequências financeiras que o clube poderá enfrentar se não conseguir se classificar para as oitavas de final da Liga dos Campeões da UEFA. O time enfrenta um cenário decisivo nesta quarta-feira (29), quando encara o Club Brugge em seu último jogo da fase de grupos. Para garantir a vaga nas fases finais, a equipe precisa de uma vitória, uma vez que a classificação está em risco devido ao novo formato da competição.

A ameaça de uma eliminação precoce e suas repercussões financeiras

Desde que Guardiola assumiu o comando do Manchester City em 2016, o clube alcançou a fase de mata-mata da Liga dos Campeões em todas as edições da competição. No entanto, o novo formato da Champions, que introduziu a disputa entre as equipes classificadas de 9º a 24º lugar para uma vaga nos playoffs, colocou o City em uma situação mais delicada do que o habitual. Atualmente, a equipe ocupa o 25º lugar na classificação geral, o que significa que, caso não vença o Club Brugge, pode ficar fora até mesmo dos playoffs – uma situação inédita sob o comando de Guardiola.

Em entrevista coletiva nesta terça-feira (28), Guardiola reconheceu a seriedade da situação e como a eliminação precoce afetaria as finanças do clube, impactando diretamente a capacidade de realizar investimentos em novos jogadores nas futuras janelas de transferências. O treinador foi claro ao afirmar que não é ingênuo a ponto de ignorar a importância financeira da competição para o clube, ressaltando que uma ausência prolongada da Liga dos Campeões pode significar menos recursos para reforçar o elenco.

“Nas últimas duas ou três janelas de transferências, sempre foi positivo. Não sou ingênuo a ponto de não saber o quanto é importante financeiramente para o clube participar dessa competição”, disse Guardiola, destacando que a presença do Manchester City na Champions é crucial para manter a solidez econômica e a continuidade de seus investimentos no mercado de transferências.

Impacto do sucesso recente e o futuro das finanças do clube

O Manchester City, campeão da Liga dos Campeões na temporada 2022-2023, já conquistou uma grande façanha, mas a possível eliminação agora teria um sabor amargo, especialmente por ter sido uma equipe dominante na competição nos últimos anos. Guardiola, no entanto, optou por não entrar em discussões sobre o embaraço que representaria uma eliminação precoce, embora tenha dado sinais claros da pressão interna e externa que paira sobre o clube.

O treinador ainda lembrou que, ao longo dos últimos anos, o gasto líquido do clube foi significativo, mas isso foi possível graças às boas performances na Champions, que garantiram ao City a possibilidade de gastar em reforços de alto nível. “O clube disse: ‘OK, a situação é esta. Se quisermos gastar, podemos gastar. Se não, não gastamos’”, explicou Guardiola, deixando claro que a participação ou não na Champions afetará diretamente os rumos do clube no mercado de transferências nos próximos meses.

Conclusão

O Manchester City, como um dos clubes mais ricos e poderosos da Europa, tem uma responsabilidade enorme em sua campanha na Liga dos Campeões, tanto para garantir sua continuidade na competição quanto para preservar sua saúde financeira. Guardiola e seus jogadores sabem que, para manter o padrão de investimentos e reforços que o clube exige, é fundamental continuar competindo na Champions. Não apenas por questões esportivas, mas também pela necessidade de evitar um impacto financeiro que possa afetar o planejamento estratégico do clube nas próximas temporadas.

O time de Guardiola entra em campo com o objetivo claro: vencer o Club Brugge e garantir uma vaga nas oitavas de final, o que permitiria à equipe não apenas continuar sonhando com mais um título europeu, mas também assegurar que os planos de reforçar o elenco não sejam comprometidos. A vitória, portanto, vai além do simples avanço na competição; ela se torna um pilar essencial para a continuidade do projeto esportivo e financeiro do Manchester City.