Após a indicação ao Oscar, Marcelo Rubens Paiva afirmou que “o mundo nunca precisou tanto de figuras como Eunice Paiva e Fernanda Torres”
O filme inspirado pela vida do escritor paulistano, que retrata a sua história pessoal e familiar, marca um marco na cinematografia brasileira.
Na última quinta-feira (23), o escritor Marcelo Rubens Paiva, autor do livro Ainda estou aqui, que inspirou o aclamado filme de Walter Salles, compartilhou sua emoção e gratidão pelas três indicações do filme ao Oscar 2025. Entre os reconhecimentos, destaca-se a histórica nomeação na categoria de Melhor Filme, a primeira vez que um longa-metragem brasileiro concorre à maior premiação do cinema mundial. Além disso, o filme recebeu indicações nas categorias de Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, com Fernanda Torres, estrela da produção, sendo indicada por sua performance marcante.
Uma História de Família, Superação e Representatividade
Ainda estou aqui não é apenas um filme; é uma representação da luta e da trajetória pessoal do próprio Marcelo Rubens Paiva e de sua família. O filme narra a história de Eunice Paiva, mãe do escritor, que enfrenta desafios tanto na sua vida pessoal quanto na convivência com a paralisia cerebral de seu filho. O trabalho aborda questões profundas, como superação, resiliência e a importância da presença de figuras fortes e inspiradoras, como Eunice, que, segundo Paiva, “representa a inteligência, a democracia e a luta por um mundo melhor”.
A atriz Fernanda Torres, que interpreta Eunice Paiva na produção, foi amplamente reconhecida pelo público e pela crítica, o que culminou em sua indicação ao prêmio de Melhor Atriz. Em suas redes sociais, Paiva comentou sobre a importância da atuação de Torres e da figura materna que ela representa, afirmando: “O mundo nunca precisou tanto de uma Eunice Paiva e uma Fernanda Torres. Inteligentes, democratas, guerreiras, coerentes, ativistas e felizes”.
O Marco Histórico do Cinema Brasileiro
A indicação de Ainda estou aqui à principal categoria do Oscar é um marco na história do cinema brasileiro. Até hoje, nenhum filme nacional havia conquistado uma nomeação para Melhor Filme, o que torna essa conquista ainda mais significativa. Além de ser uma produção original da Globoplay, o filme tem o selo de Walter Salles, diretor renomado e vencedor de prêmios internacionais, que traz sua visão sensível e profunda para essa adaptação cinematográfica.
O fato de um filme brasileiro alcançar tal reconhecimento em Hollywood reforça a relevância e a qualidade da produção cinematográfica do Brasil, que, apesar das dificuldades, continua a se destacar no cenário internacional.
O Impacto nas Redes Sociais e a Emoção do Autor
Após o anúncio das indicações ao Oscar, Marcelo Rubens Paiva compartilhou uma imagem de sua mãe, Eunice, nas redes sociais, o que gerou uma repercussão impressionante. A postagem alcançou mais de 400 mil visualizações na plataforma X (antigo Twitter), um reflexo do impacto que a história de sua família causou nas pessoas, especialmente após esse reconhecimento global.
Com sua postagem, Paiva não só celebrou o sucesso do filme, mas também homenageou a mulher que, ao longo de sua vida, foi símbolo de força e dedicação. A comoção nas redes sociais prova o quanto a história pessoal do escritor toca o público, e como sua luta por reconhecimento e visibilidade alcança outras dimensões.
Conclusão
A história de Ainda estou aqui transcende as telas de cinema. Ela celebra a importância das relações familiares, da superação pessoal e da luta por um mundo mais justo e igualitário. As indicações ao Oscar são apenas uma das formas de reconhecer a grandeza dessa obra, que é tanto uma homenagem à vida de Marcelo Rubens Paiva quanto uma representação da força de figuras como sua mãe, Eunice Paiva, e a atuação de Fernanda Torres, que consegue transmitir toda a complexidade e profundidade da personagem.
Este é, sem dúvida, um momento histórico para o cinema brasileiro e uma prova de que boas histórias têm o poder de transcender fronteiras, conectando diferentes culturas e sensibilidades. A jornada de Ainda estou aqui rumo ao Oscar 2025 é apenas o começo de um reconhecimento global que reafirma a importância de contar histórias que, ao mesmo tempo, são profundamente pessoais e universais.