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Michelle e Eduardo Bolsonaro não participaram da entrada no Capitólio para a posse de Trump

Ex-primeira-dama e deputado explicam ausência em cerimônia; mudança de local e restrições explicam a decisão

A posse de Donald Trump como 47º presidente dos Estados Unidos, realizada nesta segunda-feira (20), contou com a presença de diversas personalidades internacionais, mas a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não participaram da cerimônia no Capitólio, onde originalmente estavam previstas as celebrações. Ambos estavam nos Estados Unidos com o intuito de acompanhar o evento em nome do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas, conforme explicaram, as circunstâncias em torno do evento os impediram de estar presentes na cerimônia de posse.

Mudança de local e restrições no Capitólio

Segundo o deputado Eduardo Bolsonaro, a razão para a ausência foi a mudança no local da posse devido às condições climáticas. Devido ao frio intenso, a cerimônia foi transferida para a parte interna da Rotunda do Capitólio, o que restringiu o número de convidados. “Apenas parlamentares desacompanhados de seus cônjuges, a família Trump, alguns ministros, CEOs de empresas estratégicas e chefes de Estado mais próximos puderam participar”, detalhou Eduardo em uma publicação nas redes sociais.

O deputado explicou que os outros convidados, entre eles Michelle e ele próprio, foram direcionados ao Capital One Arena, uma arena localizada a cerca de dois quilômetros do Capitólio, onde Trump assinou seus primeiros decretos e fez seu discurso inaugural. A arena, com capacidade para mais de 20 mil pessoas, é tradicionalmente utilizada para eventos esportivos, como jogos de basquete, e foi o local alternativo escolhido para acomodar o público que não pôde comparecer ao Capitólio.

Distinções no cerimonial e menção a Jair Bolsonaro

Eduardo também destacou um detalhe importante sobre o cerimonial da posse: o ex-presidente Jair Bolsonaro teria um lugar reservado na Rotunda do Capitólio, caso tivesse comparecido à cerimônia. Segundo ele, Bolsonaro seria acomodado ao lado de outros líderes internacionais, como o presidente da Argentina, Javier Milei, e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, recebendo tratamento de Chefe de Estado.

Esse tipo de distinção ressalta a importância da relação entre os dois países durante o mandato de Bolsonaro e é visto como um reconhecimento do papel do ex-presidente brasileiro no cenário internacional. Contudo, a ausência do ex-presidente e de seus familiares na cerimônia parece refletir a transição política que se desenhou entre os dois governos, especialmente considerando a relação conturbada entre Bolsonaro e a administração atual dos Estados Unidos.

Conclusão

A não participação de Michelle e Eduardo Bolsonaro na posse de Donald Trump pode ser interpretada de várias formas, mas um ponto é certo: a mudança de local para a Rotunda do Capitólio e as restrições impostas devido ao clima acabaram por limitar a presença de vários convidados, incluindo membros da família Bolsonaro. A menção a Jair Bolsonaro, que teria direito a um lugar de honra caso estivesse presente, reforça a ideia de que, apesar das divergências políticas recentes, o ex-presidente brasileiro manteve um espaço de relevância nas cerimônias diplomáticas internacionais.

A situação também marca um simbolismo da transição política nos Estados Unidos e no Brasil, com novos ventos soprando em ambos os países e delineando novos caminhos para as relações entre os líderes e suas respectivas nações. O episódio, ainda que aparentemente discreto, reforça as complexas relações diplomáticas que moldam o cenário político global.

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