Crédito no Brasil deve crescer 10,8% em 2024, projeta Febraban
Expansão do Crédito no Brasil
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) estima que o crédito no país deve encerrar o ano de 2024 com um crescimento de 10,8%. A projeção reflete uma retomada do dinamismo no setor financeiro, impulsionada por fatores como a recuperação econômica e a estabilidade nas condições de financiamento.
Esse avanço ocorre em meio a um cenário de ajustes nas taxas de juros e iniciativas para fomentar o consumo e o investimento. A expectativa é que o crédito continue desempenhando um papel crucial no suporte às atividades econômicas.
Destaques do Crescimento
A Febraban aponta que os principais motores desse crescimento estão concentrados em setores específicos:
- Crédito ao consumo: Linhas como o crédito pessoal e o financiamento de veículos devem continuar em alta, acompanhando a demanda dos consumidores.
- Empresas: Acesso a capital para pequenas e médias empresas é visto como essencial para alavancar investimentos.
- Imobiliário: O setor habitacional também deve contribuir significativamente, impulsionado por políticas de financiamento acessíveis e pela expansão da construção civil.
Impacto das Políticas Econômicas
A recuperação no crédito está alinhada com uma política monetária mais moderada, que facilita o acesso aos recursos financeiros. Com a expectativa de uma inflação controlada e possíveis ajustes adicionais na taxa Selic, o ambiente pode se tornar ainda mais favorável para empréstimos e financiamentos.
Desafios para o Setor
Apesar do otimismo, o setor de crédito enfrenta desafios importantes:
- Endividamento das famílias: O alto nível de endividamento pode limitar a capacidade de novos empréstimos.
- Riscos econômicos globais: A volatilidade internacional pode impactar o cenário doméstico, afetando os fluxos de crédito.
- Regulação e tecnologia: A necessidade de adaptação a novas exigências regulatórias e ao avanço tecnológico também é um ponto crítico.
Perspectivas para 2024
A Febraban avalia que a expansão do crédito será um dos pilares para sustentar o crescimento econômico no próximo ano. A projeção de alta de 10,8% reforça o papel do setor financeiro como alavanca para o desenvolvimento do país, mesmo diante de um ambiente econômico desafiador.
Os bancos, por sua vez, devem continuar investindo em tecnologias que simplifiquem o acesso ao crédito, ao mesmo tempo em que monitoram os riscos associados à inadimplência e à instabilidade macroeconômica.