Relator da Reforma Trabalhista Minimiza Discussão sobre Fim da Escala 6×1 e Defende Prioridade a Temas Estruturais
O relator da reforma trabalhista, em uma declaração recente, desqualificou o debate em torno do fim da escala 6×1 como uma “falsa polêmica” e defendeu que a questão não deveria ocupar tanto espaço no cenário político e jurídico do Brasil. Segundo o parlamentar, a discussão sobre a jornada de trabalho e a distribuição de escalas entre os trabalhadores deve ser tratada com mais profundidade, levando em consideração a realidade do mercado de trabalho, sem deixar que temas secundários tomem a agenda.
A Natureza da Discussão
A escala 6×1, que define uma jornada de trabalho de seis dias seguidos de serviço, com um dia de descanso, é um modelo comum em várias categorias, especialmente em setores como comércio, saúde e serviços essenciais. No entanto, a proposta de alteração desse modelo gerou controvérsias, especialmente entre sindicatos e trabalhadores, que argumentam que a mudança pode impactar a qualidade de vida e a saúde dos empregados, ao passo que empregadores veem isso como uma flexibilidade importante para a dinâmica do mercado de trabalho.
O relator acredita que a ampliação das discussões sobre outras questões mais urgentes da reforma trabalhista, como a adaptação das leis à realidade do trabalho remoto e das novas tecnologias, poderia resultar em avanços significativos para a legislação sem a necessidade de se prender a discussões que considera infundadas.
Foco na Reformulação das Normas Trabalhistas
Em sua declaração, o relator reafirmou que a reforma trabalhista deve ser tratada com um olhar para as necessidades atuais dos trabalhadores e empregadores, refletindo a complexidade das novas formas de emprego e a precarização do trabalho em algumas áreas. Para ele, a reforma deve priorizar medidas que favoreçam tanto a proteção do trabalhador quanto a competitividade do Brasil no mercado global, considerando as mudanças tecnológicas que vêm moldando os novos modelos de negócios.
A Relevância do Diálogo
O parlamentar ressaltou que a discussão sobre a escala 6×1, embora legítima, não pode ofuscar questões mais estruturais que demandam atenção no atual cenário socioeconômico. Ele sugeriu que a reforma trabalhista deveria se concentrar em aspectos como a ampliação da flexibilização das jornadas de trabalho, a melhoria na regulamentação do trabalho digital e a proteção de direitos trabalhistas diante da crescente automação e do trabalho por plataforma.
Embora a alteração na escala de trabalho seja um tema que ressoa em muitas categorias profissionais, o relator acredita que a sociedade precisa avançar para discussões mais abrangentes, sem que isso se torne uma “bandeira” para distorcer as questões mais prementes.
O Impacto da Reforma na Prática
Para a sociedade, a reforma trabalhista será um marco importante para o futuro das relações de trabalho no Brasil. Com o intuito de ajustar as leis às novas realidades, o debate se intensifica, mas o relator sugere que a sociedade e os legisladores evitem se distrair com “discussões menores” e se concentrem nas reformas que, de fato, podem impactar a economia, a geração de empregos e a proteção dos trabalhadores.