Haddad: “Precisamos garantir vida longa ao arcabouço fiscal” para estabilidade econômica
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a importância de assegurar a longevidade do arcabouço fiscal para garantir o equilíbrio das contas públicas e a sustentabilidade econômica do país. Em um discurso voltado para investidores e líderes do setor financeiro, Haddad reforçou que a manutenção do arcabouço é essencial para o crescimento econômico, controle da dívida pública e atração de novos investimentos.
Arcabouço fiscal: base da estabilidade econômica
O arcabouço fiscal é o conjunto de regras e mecanismos que visam disciplinar os gastos públicos, assegurando que o governo mantenha suas despesas sob controle e que as contas públicas sejam administradas de forma responsável. Após sucessivos déficits e o impacto da pandemia de Covid-19 na economia, a reformulação do arcabouço foi uma das principais medidas adotadas pela equipe econômica de Haddad para evitar o descontrole fiscal.
Durante o discurso, o ministro ressaltou que a credibilidade do Brasil no cenário global depende da solidez dessas medidas e do comprometimento com a responsabilidade fiscal. “Sem um arcabouço sólido, não há como garantir o crescimento sustentável”, afirmou Haddad, frisando que esse equilíbrio é fundamental para permitir investimentos em áreas como educação, saúde e infraestrutura.
Os desafios para a “vida longa” do arcabouço fiscal
Haddad mencionou que o governo está atento aos riscos que podem comprometer a longevidade do arcabouço fiscal. Entre esses riscos, ele destacou a necessidade de uma reforma tributária ampla, que otimize a arrecadação sem sobrecarregar os setores produtivos, além de uma política de controle da dívida pública, que tem crescido significativamente nos últimos anos.
Além disso, o ministro mencionou a pressão por novos gastos, especialmente em áreas sociais, como um desafio constante para o governo. Segundo ele, é necessário equilibrar essas demandas com a disciplina fiscal, garantindo que o crescimento econômico não seja comprometido por um descontrole nas contas públicas.
Arcabouço fiscal e atração de investimentos
Para Haddad, um dos principais objetivos da manutenção do arcabouço fiscal é fortalecer o ambiente de negócios no Brasil. Ele argumenta que investidores, tanto nacionais quanto internacionais, estão atentos à responsabilidade fiscal do governo, o que influencia diretamente a disposição em aportar capital no país.
“A solidez do arcabouço fiscal nos permite projetar uma imagem de estabilidade e previsibilidade. Isso é crucial para que o Brasil continue atraindo investimentos produtivos e criando empregos”, afirmou o ministro.
Haddad também ressaltou que o crescimento econômico sustentável depende de uma política fiscal equilibrada, que inspire confiança nos investidores e permita que o Brasil mantenha uma trajetória de crescimento a médio e longo prazo. “Precisamos garantir que esse arcabouço fiscal seja respeitado e aprimorado, não apenas pelo governo atual, mas por futuras gestões, para que possamos evitar ciclos de instabilidade econômica”, concluiu.
A importância de reformas estruturais
Durante sua fala, Fernando Haddad também destacou a necessidade de realizar reformas estruturais que complementem o arcabouço fiscal. A aprovação da reforma tributária, por exemplo, é vista como um passo crucial para simplificar o sistema de impostos no Brasil e reduzir o custo Brasil, aumentando a competitividade das empresas.
Outra reforma importante, segundo o ministro, é a administrativa, que visa reduzir os custos com a máquina pública, otimizando a gestão dos recursos e aumentando a eficiência dos serviços oferecidos pelo Estado.
O ministro fez questão de enfatizar que o compromisso com essas reformas estruturais será essencial para garantir a “vida longa” ao arcabouço fiscal, permitindo que o Brasil tenha uma política econômica estável e de longo prazo.
Conclusão: O desafio da sustentabilidade fiscal
A fala de Fernando Haddad reflete o compromisso do governo com a sustentabilidade fiscal e a importância de garantir que o arcabouço fiscal seja uma política de Estado, e não apenas uma medida pontual. O ministro está ciente dos desafios que envolvem a manutenção desse equilíbrio, mas acredita que, com a implementação de reformas e o controle da dívida, o Brasil poderá crescer de forma sustentável, criando um ambiente econômico mais estável e propício para investimentos.
A “vida longa” do arcabouço fiscal, como frisou Haddad, é um dos pilares para que o país continue avançando, com responsabilidade nas contas públicas e foco no desenvolvimento econômico e social.