Economia

Samuel Pessôa alerta para crescimento econômico insustentável e risco de descontrole inflacionário

O economista Samuel Pessôa, renomado analista econômico, afirmou recentemente que o atual ritmo de crescimento da economia brasileira é insustentável e pode levar a um descontrole inflacionário. Segundo Pessôa, o aumento da atividade econômica, impulsionado por políticas fiscais e monetárias expansivas, não se apoia em bases estruturais sólidas, o que pode trazer sérios desequilíbrios macroeconômicos.

Crescimento a curto prazo, mas sem bases sólidas

Para Pessôa, o crescimento observado é fruto de estímulos que, se não forem ajustados, acabarão por gerar mais inflação no futuro. Ele ressalta que o consumo elevado e a retomada de alguns setores, embora pareçam positivos em um primeiro momento, escondem fragilidades que podem se manifestar nos próximos meses.

O economista alerta que a demanda crescente não é acompanhada por um aumento proporcional da oferta, o que, inevitavelmente, pressiona os preços para cima. “Esse descompasso entre a oferta e a demanda pode ser o estopim para uma nova onda de inflação no Brasil”, disse Pessôa em recente análise.

Inflação: um risco iminente

O Brasil vem convivendo com índices de inflação que, apesar de moderados em comparação a anos anteriores, ainda se mantêm acima da meta do Banco Central. Pessôa argumenta que os recentes pedidos por cortes de juros podem exacerbar esse cenário inflacionário, especialmente se o governo continuar com uma política fiscal agressiva.

Os cortes de juros, em sua visão, devem ser feitos com cautela para não alimentar ainda mais a inflação, que já apresenta sinais de pressão devido ao aquecimento do mercado interno e às incertezas no cenário internacional.

Políticas fiscais e reformas estruturais

Para Pessôa, a sustentabilidade do crescimento econômico depende de ajustes fiscais rigorosos e de uma agenda consistente de reformas. Ele defende a urgência de uma reforma tributária que simplifique o sistema e promova maior eficiência, além de investimentos em infraestrutura e educação para aumentar a produtividade do país.

Ele ainda destaca que, sem essas reformas, o Brasil corre o risco de entrar em um ciclo de estagflação, onde o crescimento é baixo, mas a inflação permanece alta. Isso prejudicaria a população, especialmente as camadas mais vulneráveis, além de afastar investimentos e comprometer o futuro econômico do país.

Preocupação com o cenário internacional

Outro ponto de atenção levantado por Pessôa é o ambiente internacional. Com a possível desaceleração econômica nas grandes economias, como Estados Unidos e Europa, o Brasil poderá sofrer impactos significativos em seus setores produtivos. A saída de capital estrangeiro e a menor demanda por commodities brasileiras são fatores que podem agravar o cenário doméstico.

Conclusão

Samuel Pessôa faz um alerta importante para que as autoridades econômicas mantenham o foco em políticas que garantam a estabilidade e o crescimento sustentável, evitando medidas de curto prazo que possam comprometer o controle inflacionário. Para ele, o país precisa de uma política equilibrada que priorize reformas estruturais, garantindo o desenvolvimento sustentável e a confiança no mercado econômico brasileiro.

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