Inflação recua 0,02% em agosto, primeira deflação em 14 meses
A inflação recuou 0,02% em agosto de 2024, marcando a primeira deflação registrada em 14 meses, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado surpreendeu analistas, que projetavam uma leve alta no período.
Principais fatores para a deflação
O recuo da inflação foi impulsionado principalmente pela queda nos preços dos combustíveis e dos alimentos, dois dos principais componentes que costumam pressionar o índice. A gasolina, por exemplo, teve uma redução significativa de 2,5%, enquanto itens da cesta básica, como feijão e arroz, também apresentaram retrações nos preços.
Além disso, os serviços, que haviam sido uma das categorias mais impactadas nos últimos meses, apresentaram estabilidade, o que contribuiu para o resultado geral de deflação.
Impacto no bolso do consumidor
A queda na inflação reflete diretamente no custo de vida dos brasileiros, aliviando o orçamento de muitas famílias que enfrentaram aumentos consecutivos nos últimos meses. No entanto, o recuo de 0,02% é considerado modesto e ainda não significa uma mudança de tendência a longo prazo.
Expectativas para os próximos meses
Especialistas alertam que, embora o resultado seja positivo, é preciso cautela, pois fatores como a volatilidade no preço do petróleo e as condições climáticas que impactam a produção agrícola podem reverter o cenário. A expectativa para o final de 2024 ainda é de inflação controlada, mas com possibilidades de novas altas, especialmente nos setores de energia e alimentos.
A deflação de agosto, ainda que pontual, representa um alívio temporário e será monitorada de perto pelos economistas e pelo Banco Central, que busca manter a inflação dentro das metas estabelecidas para o ano.
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