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YouTube encerra envio de dados para as paradas da Billboard ao criticar método de contagem de streams

O YouTube anunciou que deixará de compartilhar seus dados de streaming com a Billboard, responsável por algumas das paradas musicais mais influentes do mundo, como a Hot 100 e a Billboard 200. A mudança está prevista para entrar em vigor em 16 de janeiro de 2026 e encerra uma parceria que durava desde 2013.

A decisão foi justificada por críticas à metodologia adotada pela Billboard para calcular suas paradas. De acordo com o YouTube, a fórmula atual é considerada “ultrapassada” por atribuir pesos diferentes a streams pagos e gratuitos, favorecendo plataformas por assinatura e reduzindo a relevância das reproduções feitas com suporte de anúncios, modelo predominante no YouTube.

Lyor Cohen, diretor global de música do YouTube, afirmou que o sistema não reflete os hábitos reais de consumo do público atual. Para a plataforma, cada reprodução representa engajamento genuíno de um fã e deveria ter o mesmo valor, independentemente de ser originada de um serviço pago ou gratuito.

Recentemente, a Billboard promoveu ajustes em sua metodologia, diminuindo a diferença de peso entre streams pagos e gratuitos. Ainda assim, a mudança foi considerada insuficiente pelo YouTube, que defende igualdade total na contagem das reproduções.

Com o fim do compartilhamento, visualizações e streams do YouTube deixarão de influenciar diretamente as posições nas principais paradas da Billboard. O impacto pode ser significativo, especialmente para artistas com forte audiência em plataformas gratuitas e com grande alcance global por meio de vídeos musicais.

A Billboard, por sua vez, sustenta que sua metodologia busca equilibrar diferentes formas de consumo — como vendas, streaming e receita gerada — dentro do ecossistema da indústria musical. A organização também demonstrou expectativa de que a parceria possa ser retomada no futuro.

O rompimento reacende um debate central no mercado fonográfico: como medir popularidade e sucesso musical em um cenário cada vez mais fragmentado, no qual plataformas gratuitas, vídeos e novos formatos digitais desempenham papel decisivo no alcance de artistas e músicas.

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