Compositor norte‑americano defende: “Músicas geradas por IA precisam vir com aviso”
O cantor e compositor Breland abriu uma discussão pública sobre o uso da inteligência artificial (IA) na criação musical ao afirmar que canções geradas por IA deveriam ser claramente identificadas como tal.
Em entrevista ao podcast Rolling Stone Brasil, Breland declarou que “as pessoas deveriam saber se o que estão ouvindo é uma voz humana ou não. Isso deveria ser obrigatório.” Ele alertou para os riscos de a música — uma forma de expressão inerentemente humana — perder sua alma ao ser automatizada, e questionou o impacto ambiental e ético do uso desenfreado da IA na indústria da música.
Além do rótulo, o artista sugeriu que a receita gerada por músicas feitas integralmente por IA fosse destinada a bolsas de estudo e incentivos para novos músicos humanos. “Se você vai lançar algo que não foi composto por um artista, e não por um produtor humano, então esse dinheiro deveria ir para criativos reais”, defendeu.
A declaração de Breland ocorre em meio a um contexto em que faixas com geração artificial têm aumentado, e muitos ouvintes têm relatado dificuldade em distinguir músicas de IA de produções humanas. Um estudo recente mostrou que 97% das pessoas não conseguem fazer essa distinção em testes cegos.
O posicionamento do compositor reacende o debate sobre ética, autoria e transparência na música — questionando os limites entre tecnologia e arte, e defendendo que o público tenha clareza sobre o que está ouvindo, preservando o valor da criatividade humana.

