Adriane Galisteu afirma que GP de Ímola não deveria ter acontecido antes da tragédia que matou Senna
A apresentadora Adriane Galisteu, 52 anos, afirmou que a corrida em que Ayrton Senna sofreu o acidente fatal, em 1994, “não era para ter acontecido”. A declaração foi feita durante entrevista ao podcast Pod Falar e também aparece no documentário Meu Ayrton por Adriane Galisteu, lançado em 2025.
Galisteu, que namorava o piloto na época da tragédia, relembrou que o fim de semana do GP de San Marino, em Ímola, já estava marcado por um ambiente de insegurança. No sábado, o austríaco Roland Ratzenberger morreu durante os treinos classificatórios. Um dia antes, Rubens Barrichello havia sofrido um grave acidente que o tirou da prova.
Segundo ela, Senna estava abalado com os acontecimentos e chegou a demonstrar um comportamento incomum. Galisteu relatou que recebeu uma ligação do piloto antes da corrida — algo que, segundo ela, não fazia parte da rotina dele em dias de prova. Esse gesto, para ela, foi um alerta de que algo estava errado.
A apresentadora contou ainda que insistiu para que Senna não disputasse a corrida, devido aos acidentes prévios e ao clima de tensão no autódromo. “Era um fim de semana diferente de qualquer outro. Aquela corrida não tinha clima para acontecer”, afirmou.
O relato reacende a discussão sobre a segurança na Fórmula 1 naquela época e reforça a dimensão humana do episódio que marcou a história do esporte. Para Galisteu, a perda deixou lições profundas sobre urgência de vida, sonhos interrompidos e o peso emocional daquele período.
Mais de três décadas depois da tragédia, suas declarações ajudam a iluminar bastidores pouco conhecidos e reforçam a sensibilidade do documentário, que revisita não apenas o ídolo Ayrton Senna, mas também o homem por trás da imagem pública.

