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Diretor Guillermo del Toro rejeita inteligência artificial em discurso após homenagem

Durante a cerimônia dos Gotham Awards nesta segunda-feira (1º de dezembro de 2025), o cineasta Guillermo del Toro fez um discurso contundente contra o uso da inteligência artificial (IA) nas produções cinematográficas. O momento marcou o recebimento do prêmio de homenagem (“Vanguard Tribute”) por seu mais novo filme, Frankenstein.

Del Toro começou a fala prestando homenagem à autora original da obra adaptada, Mary Shelley, e celebrou o fato de ter realizado um sonho de infância ao levar Frankenstein ao cinema. Ele agradeceu ao elenco e a todos os profissionais envolvidos — designers, maquiadores, figurinistas, diretores de fotografia, editores, compositores — destacando que o filme foi “feito deliberadamente por humanos, para humanos”.

Em seguida, o diretor fez uma declaração enfática contra a automação no cinema: “F*** a IA”. A frase resume sua rejeição ao uso de IA generativa em produções artísticas.

A posição de del Toro não é nova. Em entrevistas recentes, ele afirmou que prefere “morrer” a utilizar IA generativa em seus filmes, reforçando que não vê como a tecnologia poderia substituir o valor humano na criação artística. Ele comparou a dependência excessiva da IA à arrogância de criar “monstros” sem pensar nas consequências — uma crítica que dialoga diretamente com a temática de Frankenstein.

Para o diretor, a IA representa não apenas um instrumento técnico, mas uma ameaça à criatividade, à alma do cinema e ao reconhecimento do trabalho humano por trás das câmeras. Del Toro acredita que a arte verdadeira exige imperfeições, emoções e humanidade — aspectos que, segundo ele, a IA não é capaz de gerar.

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