Robôs e IA impulsionam reconstituição de afrescos destruídos de Pompeia
Arqueólogos que trabalham no Parque Arqueológico de Pompeia passaram a utilizar sistemas robóticos avançados para remontar partes das ruínas da cidade destruída pela erupção do vulcão Vesúvio em 79 d.C. A nova tecnologia tem permitido acelerar a identificação, catalogação e recomposição de milhares de fragmentos que, por décadas, permaneceram armazenados sem destino definido.
Com apoio de softwares de leitura tridimensional e inteligência artificial, os robôs são capazes de escanear peças de tamanhos variados e propor combinações estruturais com precisão milimétrica. O método reduz drasticamente o tempo manual de análise, que antes poderia se estender por meses até que um único fragmento fosse corretamente encaixado em sua estrutura original.
De acordo com especialistas envolvidos no projeto, o sistema representa um avanço significativo na arqueologia, já que possibilita reconstruções mais completas de paredes, murais e elementos arquitetônicos que antes eram considerados irrecuperáveis. Além disso, a tecnologia contribui para preservar detalhes históricos que poderiam se deteriorar com o manuseio prolongado.
A iniciativa integra um esforço maior do governo italiano para modernizar os processos de conservação de Pompeia, um dos sítios arqueológicos mais visitados do mundo. A expectativa é que, com o uso contínuo dos sistemas robóticos, novas áreas da antiga cidade possam ser reconstituídas e abertas ao público nos próximos anos, ampliando o conhecimento sobre a vida na época do Império Romano.

