Corinthians contrata promessa que usou plataforma de IA para desenvolver talento
O Sport Club Corinthians Paulista anunciou recentemente a contratação da meio‑campista Sophia Furtado, atleta de 15 anos que atuará na categoria sub‑17 a partir de 2026. O que chama atenção não é só a idade ou o talento da jovem — mas a forma como ela chegou até o clube: com o apoio de tecnologia por meio de inteligência artificial.
Sophia vinha defendendo o Avaí Kindermann. Para se destacar, ela recorreu ao uso da plataforma de IA CUJU — um sistema que oferece treinos padronizados, simulacros digitais e análises de desempenho baseadas em atributos como velocidade, agilidade, controle de bola e qualidade de passe. A jogadora registrava seus vídeos de treino no app, que depois gerava relatórios com dados objetivos sobre seu desempenho.
Em entrevista, Sophia afirmou que o uso da tecnologia contribuiu de forma significativa para sua evolução: com os treinos e feedback fornecidos pela IA, ela pôde aprimorar suas habilidades mesmo longe de clubes de elite. “A inteligência artificial me ajudou bastante, com treinamentos fáceis de serem realizados e importantes dicas para minha evolução”, disse.
O caso de Sophia não é isolado. Clubes brasileiros — incluindo o próprio Corinthians — vêm utilizando ferramentas de IA para modernizar processos de base e de captação de talentos. A tecnologia ganha espaço especialmente em seleções de jovens atletas, em contextos nos quais a estrutura física ou de observação presencial nem sempre está disponível.
A adoção da IA no futebol — tanto no Brasil quanto no exterior — amplia as oportunidades de visibilidade e desenvolvimento para jovens jogadores que, de outra forma, poderiam ficar fora dos olhares de grandes clubes. No caso de Sophia, o recurso tecnológico funcionou como um trampolim eficaz: ajudou-a a seguir trabalhando mesmo após sofrer uma fratura no braço — lesão que chegou a adiar sua contratação — e foi um diferencial importante para ela concretizar o sonho de vestir a camisa do Timão.
