Stranger Things resgata Kate Bush: clássico de 1985 viraliza em 2022
Em 2022, a quarta temporada de Stranger Things trouxe uma reviravolta impressionante para a carreira de Kate Bush — e fez de sua música “Running Up That Hill (A Deal With God)”, de 1985, um fenômeno global quase quatro décadas depois do lançamento original. A reintrodução da faixa no enredo do seriado reacendeu o interesse por sua obra e a devolveu ao protagonismo.
🎯 A cena que reacendeu a música
Na narrativa da série, a personagem Max Mayfield usa “Running Up That Hill” como um “âncora” emocional e simbólica — a música se torna, dentro da trama, uma tábua de salvação contra o terror sobrenatural. A exposição da canção em um momento tenso e dramático impulsionou sua redescoberta por milhões de novos espectadores.
📈 Impacto imediato nos números e nas paradas
- Logo após a exibição da temporada, os streams da música dispararam: “Running Up That Hill” teve um aumento de mais de 9 000% nas reproduções no Spotify.
- A faixa voltou a figurar entre as mais ouvidas em diversos países, atingindo o topo em muitas paradas — inclusive alcançando o primeiro lugar no Reino Unido, pela primeira vez em sua história, quase 37 anos após seu lançamento original.
- Kate Bush, que raramente dá entrevistas ou busca o brilho midiático, comemorou o renascimento da música — reconhecendo que Stranger Things proporcionou a ela “uma nova vida” e um público completamente novo.
🌍 Geração Z e redes sociais: combustíveis da ressurgência
Um dos fatores decisivos para o fenômeno foi a repercussão nas redes sociais. A música foi amplamente utilizada em vídeos no TikTok, reels e conteúdos virais — o que ajudou a apresentar Kate Bush a uma geração que não viveu os anos 80. Esse “boca a boca digital” ampliou o alcance da canção e contribuiu para transformá‑la em trilha sonora da cultura pop de 2022.
🔄 Turismo musical e legado renovado
Além de “Running Up That Hill”, a curiosidade despertada pela série levou muitas pessoas a redescobrirem o catálogo completo de Kate Bush — álbuns antigos voltaram a figurar em playlists, críticas ganharam visibilidade e a artista voltou a ser objeto de debates e recomendações musicais entre novos e antigos fãs. Em muitos sentidos, Stranger Things funcionou como uma “máquina do tempo musical”, transportando os sons dos anos 1980 para 2022 e conectando gerações por meio da nostalgia e da novidade.

