Politica

PSOL pede afastamento de Ramagem e leva caso para o STF

O PSOL deu outro passo na ofensiva contra o deputado Alexandre Ramagem, pedindo formalmente sua prisão preventiva e sugerindo que ele seja responsabilizado por risco de fuga. Para isso, o partido recorreu ao Supremo Tribunal Federal, alegando que a permanência de Ramagem nos Estados Unidos pode comprometer a execução de uma eventual condenação e a investigação em curso.

A argumentação do PSOL

A sigla sustenta que Ramagem, por ter acesso a recursos, ambiente político e influência, apresenta risco real de tentar se esquivar de responsabilização judicial. Para o partido, sua permanência no exterior configura uma ameaça concreta à efetividade de futuras medidas judiciais. Por isso, o pedido abrange não só a prisão preventiva, mas também a inclusão de Ramagem em mecanismos internacionais de busca, como alerta da Interpol.

Além do STF, o PSOL acionou a Polícia Federal, solicitando que a corporação intensifique a investigação e avalie medidas mais duras para evitar que Ramagem se beneficie de sua mobilidade internacional. Para o partido, a fragilidade institucional e os laços políticos do deputado requerem ação firme para garantir a justiça.


Implicações do pedido

  1. Pressão extra sobre Ramagem
    Se o pedido for aceito, Ramagem pode se tornar procurado internacionalmente, o que aumentaria o custo político e jurídico de evasão.
  2. Ampliação do debate ético
    A ação do PSOL reforça a ideia de que não se trata apenas de uma investigação comum: há preocupações graves sobre privilégios e proteção a figuras poderosas.
  3. Possível reação política
    O movimento pode desencadear retaliações parlamentares, especialmente se aliados de Ramagem perceberem a manobra como um ataque estratégico.
  4. Visibilidade para o caso
    A ida ao STF traz ainda mais repercussão pública e midiática, ampliando a pressão por transparência, responsabilização e esclarecimento de toda a rede de conexões que envolvem Ramagem.

Um momento de alta tensão institucional

O pedido do PSOL não surge em um vácuo: ele se insere em um ambiente de forte rivalidade institucional, polarização política e investigações sensíveis. Ramagem já é uma figura central em debates sobre segurança pública, eleições e uso de poder estatal, e esse tipo de ação judicial pode mudar o curso de sua trajetória política — ou consolidar ainda mais sua relevância.

Para o PSOL, trata-se de garantir que ninguém esteja acima da lei. Para Ramagem e seus aliados, pode ser mais um capítulo de uma disputa que mistura política, justiça e imagem. E para o cenário parlamentar, é mais um lembrete de que o Judiciário pode ser instrumento decisivo para a resolução de conflitos que pareciam exclusivos do Legislativo.

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