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Como o reggae jamaicano encontrou casa no Brasil pela música e pela família de Jimmy Cliff

O cantor jamaicano Jimmy Cliff, morto aos 81 anos, manteve uma relação profunda e duradoura com o Brasil — uma conexão que envolvia música, cultura, espiritualidade e até laços familiares.


🇧🇷 Primeira viagem e conexão musical

  • Em 1968, Jimmy Cliff veio ao Brasil para participar do Festival Internacional da Canção, no Rio de Janeiro, onde apresentou a música “Waterfall”. A passagem foi marcante e deu início ao laço artístico com o país.
  • Na época, lançou o álbum Jimmy Cliff in Brazil, que incluía versões em inglês de canções brasileiras, como “Andança”.
  • Durante suas estadias por aqui, compôs ou aprofundou a relação com faixas lendárias como “Wonderful World, Beautiful People” e “Many Rivers to Cross”.

🤝 Parcerias e turnês com artistas brasileiros

  • Um dos momentos mais emblemáticos foi sua turnê com Gilberto Gil no início dos anos 1980, marcando uma união histórica entre o reggae jamaicano e a música brasileira.
  • Cliff também colaborou com artistas como Margareth Menezes, integrantes do Olodum, a banda Cidade Negra e os Titãs, com quem gravou uma versão em português de “The Harder They Come”.

🌍 Vida no Brasil e laços pessoais

  • O artista chegou a morar no Rio de Janeiro e depois em Salvador, reforçando ainda mais sua ligação afetiva com o país.
  • Ele se identificou profundamente com a cultura afro-brasileira, especialmente na Bahia, e falava sobre sentir uma conexão espiritual com a população negra brasileira.
  • De seu relacionamento com a psicóloga brasileira Sônia Gomes, nasceu sua filha Nabiyah Be, que cresceu no Brasil e hoje é atriz e cantora internacional.

🎥 Impacto cultural no Brasil

  • Canções de Jimmy Cliff foram frequentemente usadas em trilhas sonoras de novelas brasileiras, ampliando sua popularidade.
  • Após sua morte, artistas como Gilberto Gil o homenagearam, destacando sua influência duradoura na música brasileira.

Por que a relação era tão forte?

Jimmy Cliff não via o Brasil apenas como público, mas como casa.
Ele viveu aqui, formou família, criou laços de amizade com artistas nacionais, absorveu referências culturais e retribuiu influenciando gerações de músicos brasileiros.
O intercâmbio foi tão intenso que parte da alma de Cliff ficou no Brasil — e parte do Brasil vive dentro de sua obra.

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