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Atuação inicial do Bahia diante do Fortaleza é criticada com dureza por Rogério Ceni

O técnico Rogério Ceni não poupou críticas ao desempenho do Bahia durante a primeira etapa da partida contra o Fortaleza, classificando a atuação como extremamente abaixo do esperado. A postura do treinador refletiu a frustração com a falta de intensidade, organização tática e atenção defensiva que comprometeram o início do confronto e colocaram o time em situação delicada antes mesmo do intervalo.

Logo nos primeiros minutos, o Bahia encontrou dificuldades para encaixar a marcação e demonstrou evidente descompactação entre defesa e meio-campo. Essa desconexão permitiu que o Fortaleza conduzisse as principais ações ofensivas, explorando espaços generosos nas laterais e avançando com liberdade pelo setor central. Para Ceni, o comportamento do time no primeiro tempo não apenas destoou do que foi trabalhado nos treinamentos, como também comprometeu toda a estratégia planejada para a partida.

O técnico destacou que a equipe parecia desligada e sem a concentração necessária para enfrentar um adversário que tradicionalmente impõe ritmo forte desde o início. A falta de combatividade no meio-campo foi um dos pontos mais sentidos: o Bahia perdeu duelos importantes, cedeu segundas bolas e teve dificuldades para impedir as transições rápidas do Fortaleza. A defesa, por sua vez, apresentou falhas de posicionamento que resultaram em oportunidades claras para o rival.

Além disso, a construção ofensiva do Bahia sofreu com excessiva lentidão nas trocas de passe, tomada de decisões tardia e pouca movimentação dos atacantes. Isso facilitou a marcação do Fortaleza, que neutralizou praticamente todas as jogadas criadas pelo time baiano. Ceni teria reforçado que o problema não se limitou a um setor específico, mas sim a uma atuação coletiva muito abaixo do padrão mínimo exigido em duelos de alto nível.

No vestiário, a comissão técnica cobrou uma mudança profunda de postura. A palavra de ordem para o segundo tempo foi intensidade: ocupar melhor os espaços, antecipar jogadas, pressionar a saída de bola adversária e retomar o controle emocional da partida. O treinador lembrou aos jogadores da importância do confronto para a sequência da temporada e da necessidade de entrar em campo com mais agressividade e compromisso.

A resposta do time após o intervalo, embora tenha apresentado evolução, não apagou a avaliação crítica sobre os primeiros 45 minutos. Para Ceni, o Bahia tem capacidade, elenco e estrutura para atuar em nível muito superior ao demonstrado na etapa inicial. A cobrança, portanto, foi proporcional à frustração pela discrepância entre o potencial da equipe e o desempenho efetivamente apresentado.

Torcedores também reagiram com preocupação e concordaram com a análise do treinador. Nas redes sociais e nas arquibancadas, o sentimento predominante era de insatisfação com a postura apática do time no começo do jogo. Alguns ressaltaram que a oscilação tem sido recorrente e que o Bahia precisa apresentar maior regularidade, especialmente contra adversários diretos na tabela.

O confronto com o Fortaleza ocorre em um momento importante da temporada, em que cada ponto pode influenciar diretamente os objetivos do Bahia na competição. Por isso, a crítica de Ceni carrega não apenas um desabafo momentâneo, mas um alerta ao elenco sobre a necessidade de maturidade competitiva. O treinador entende que, se o time entrar desligado em partidas decisivas, corre o risco de comprometer metas traçadas para o ano.

A análise pós-jogo também trouxe reflexões sobre ajustes estruturais que podem ser feitos. Entre eles estão o reposicionamento de peças no meio-campo, maior agressividade na marcação inicial e variações táticas que permitam ao time reagir mais rápido quando pressionado. A comissão técnica estuda soluções que possam minimizar lapsos como o observado na etapa inicial da partida.

Embora a crítica tenha sido dura, a intenção é mobilizar o elenco. Para Ceni, reconhecer falhas e corrigir rotas faz parte do processo de evolução. O treinador espera que o episódio sirva como aprendizado e fortaleça o grupo para os desafios seguintes, reforçando a necessidade de iniciar os jogos com máxima concentração e entrega total desde o primeiro segundo.

Ao final, a mensagem principal que fica é que o Bahia tem potencial para muito mais, mas precisa demonstrar isso de forma consistente. A cobrança pública do técnico busca despertar o nível de competitividade necessário para que o time mantenha desempenho alto durante toda a partida, e não apenas em momentos isolados. A atuação apática do primeiro tempo, considerada por ele inadmissível, deve funcionar como ponto de virada para que o clube reencontre o padrão de atuação que o torcedor espera.

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