Economia

Alckmin afirma que “tarifaço” dos EUA ainda atinge 22% das exportações brasileiras

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que 22% das exportações brasileiras para os Estados Unidos continuam sujeitas à sobretaxa imposta pelo chamado “tarifaço” americano, mesmo após recentes concessões por parte dos EUA. Segundo Alckmin, houve avanços nas negociações, mas parte relevante da pauta comercial brasileira ainda está penalizada por tarifas extras.


Como Alckmin chegou a esse número

  • Inicialmente, 36% das exportações brasileiras aos EUA estavam sob uma tarifa adicional elevada (10% mais 40%), segundo Alckmin.
  • Em coletiva, ele informou que, depois da retirada de 238 produtos da lista de sobretaxas, essa fatia caiu para 22%, mas não desapareceu completamente.
  • Entre os itens que permanecem com a sobretaxa de 40% estão produtos industriais, como máquinas e motores, além de bens agrícolas como pescado, mel e uvas — estes, segundo Alckmin, serão foco das próximas rodadas de negociação.

O que isso representa para o Brasil

  1. Avanço diplomático, mas desigual
    A retirada de produtos da lista tarifária é vista pelo governo como o maior progresso até agora nas negociações com os EUA. Ainda assim, a presença de uma parcela considerável de exportações sujeita à sobretaxa mostra que o processo não está concluído — e outras rodadas de negociação são necessárias.
  2. Impacto setorial
    Setores industriais continuam vulneráveis. Alckmin destacou que produtos de maior valor agregado precisam de atenção especial porque não têm mercado alternativo tão facilmente quanto produtos agrícolas.
  3. Pressão para ampliar isenções
    Alckmin reforçou que o Brasil seguirá pressionando para que mais produtos saiam da lista de sobretaxas, buscando reduzir esse 22% remanescente.
  4. Importância econômica
    A tarifação afeta bilhões em exportações. Segundo Alckmin, a redução das taxas pode representar um alívio para empresas exportadoras, melhorar a competitividade e aumentar o rendimento total dos negócios brasileiros nos EUA.

Conclusão

Apesar do recuo das sobretaxas por parte dos Estados Unidos, Alckmin alerta que uma parte significativa das exportações brasileiras ainda sofre impactos elevados. Esse 22% restante representa uma parcela estratégica da pauta comercial, e o vice-presidente reforça que as negociações continuarão para reduzir ainda mais esse peso.

Para o Brasil, reduzir essa tarifa é parte de uma estratégia maior: ganhar competitividade, retomar mercados e evitar que suas exportações continuem penalizadas de forma desproporcional.

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